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DIA DO NORDESTINO: PB Agora elenca personalidades que enriqueceram NE

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Orgulho de ser nordestino. Como disse Euclides da Cunha, no livro Os Sertões, “o Nordestino é acima de tudo um forte”. No último dia 8 de outubro, foi comemorado o Dia do Nordestino. A data, oficializada em 2009, busca combater o preconceito e homenagear a parcela do povo brasileiro originária da região nordeste.

O dia 8 de outubro foi escolhido em homenagem às culturas típicas da região, que são diversas e heterogênea e ao poeta, cantor e compositor cearense Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva) representando todos os nordestinos e nordestinas, ainda vítimas de preconceito e discriminação em função de sua origem geográfica.

Artistas como Santana, Raimundo Fagner, Alcymar Monteiro e Jessier Quirino, destacaram a importância da data para enaltercer os valores da cultura nordestina. Eles destacaram o nordestino, como povo forte e valente.

O PB Agora elencou uma lista de ilustre personagens, que tornaram a cultura rica, e resgataram valores, tradições e raízes expressas na música, no artesanato, na dança, na educação, na poesia e na literatura.

Ariano Suassuna – Ariano foi advogado, professor, teatrólogo e romancista. Nasceu em João Pessoa, na Paraíba (1927), e morou e se formou em Recife, Pernambuco. Sua primeira peça chama-se “Uma mulher vestida de sol” e foi escrita em 1947.

Seu texto de maior sucesso, “O auto da compadecida”, foi escrito em 1955 e se transformou em diversas montagens em teatros e também no filme de Guel Arraes, com Selton Mello e Matheus Nachtergaele e outros atores.

Em 1959, Suassuna abandonou a carreira de advogado para se dedicar à de professor na Universidade Federal de Pernambuco(UFPE), onde criou o Teatro Popular Do Nordeste com um amigo. Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura da UFPE e ocupa uma das cadeiras na Academia Brasileira de Letras.

 

Jorge Amago – Jorge amado nasceu na Bahia em 1912. A Bahia foi, também, o cenário de seus diversos romances. Escreveu o primeiro em 1931, intitulado “País do Carnaval”. Em 1935 se formou na Faculdade Nacional de Direito no Rio de Janeiro. Era militante comunista e foi exilado no Uruguai.

Suas obras foram adaptadas diversas vezes para cinema, teatro e televisão. Uma das mais famosas, “Gabriela, cravo e canela” passou duas vezes na Rede Globo como minissérie. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas, e existem formatos em braile e audiolivro.

Jorge Amado recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, e é um dos escritores brasileiros mais conhecidos e bem sucedidos em âmbito internacional e nacional.
Maria Betânia – Maria Bethânia Viana Telles Veloso é filha de Dona Canô e irmã de Caetano Veloso. Nasceu em 1946 na Bahia, e era atriz na juventude. Em 1965, mudou-se para o Rio de Janeiro e começou sua carreira como cantora, substituindo Nara Leão no espetáculo Opinião.

Ela foi a primeira cantora brasileira a vender mais de um milhão de cópias de um único disco, com Álibi e foi eleita a 5ª Maior Voz da Música Brasileira de todos os tempos pela Rolling Stones.

Em seus shows, ela intercala músicas com poemas. Suas obras são obrigatórias para quem quer entender de música popular brasileira. Bethânia é intérprete dos maiores compositores do país, como Chico Buarque e seu irmão Caetano.
Luiz Gonzaga – Sanfoneiro, cantor e compositor, recebeu o título de “Rei do Baião”. Foi responsável pela valorização dos ritmos nordestinos, levou o baião, o xote e o xaxado, para todo o país. A música “Asa Branca” feita em parceria com Humberto Teixeira, gravada por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de 1947, virou hino do Nordeste brasileiro.

 

Luiz Gonzaga nasceu na Fazenda Caiçara, em Exu, Sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Era filho de Januário José dos Santos, o mestre Januário, “sanfoneiro de 8 baixos”, e de Ana Batista de Jesus. O casal teve oito filhos.

Desde menino, Luiz Gonzaga já pegava na enxada, mas preferia ficar olhando o pai tocar sua sanfona. Logo aprendeu a tocar e animar as festinhas da região. Cresceu ajudando o pai na roça e na sanfona, mas também fazia pequenos serviços para os fazendeiros da região.

 

Dominguinhos, ou José Domingos de Moraes, nasceu no dia 12 de fevereiro de 1941, em Garanhuns, Pernambuco. Ele era filho de Mestre Chicão, um famoso tocador e afinador de foles. Cantor, sanfoneiro e compositor, Dominguinhos foi um dos maiores artistas brasileiros dos últimos anos, e sua obra permanece lembrada nos 4 cantos do país.
Zabé da Loca – Isabel nasceu em Buíque, agreste de Pernambuco, e teve uma infância difícil, pois dos quinze irmãos que teve, ela viu oito morrer de fome, doença e sede. Migrou do sertão pernambucano para a Paraíba ainda menina.

Aprendeu a tocar o “pife” com o irmão Aristides, que conheceu criança e nunca mais soube seu paradeiro. Pife é um instrumento conhecido regionalmente como Pífano, uma adaptação nativa, com influência indígena, das flautas populares europeias. Isabel tocou e toca uma versão feita de cano de PVC.

Leva esse nome pela forma como falavam seu nome, Isabel, e o Loca é por ter morado quase a vida toda em uma pequena caverna, loca, no interior de pernaMbucano.

Castro Alves – Castro Alves – Nasceu na fazenda Cabaceiras, território pertencente à vila de Nossa Senhora da Conceição do “Curralinho”, hoje cidade de Castro Alves, no estado da Bahia.

Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como “Poeta dos Escravos”. Foi o nosso mais inspirado poeta condoreiro.
Aos 17 anos fez as primeiras poesias.

Lampião – Virgulino Ferreira da Silva era o nome do maior cangaceiro do Brasil, conhecido na História como Lampião. Nascido em 1898 em Serra Talhada (PE).
A História do Rei do cangaço inicia-se como fora da Lei na década de 1920. O pai de Virgulino havia sido morto por disputas de terra e para vingar sua morte, o filho torna-se Lampião. Entra para um grupo de cangaceiros e busca a vingança. Passa logo ao comando do grupo que leva o terror pelas cidades nordestinas.

 

Patativa do Assaré – Antônio Gonçalves da Silva, cresceu no sí­tio denominado Serra de Santana, que dista três léguas da cidade de Assaré. É o segundo filho de agricultores muito pobres. Ficou órfão aos 8 anos e teve que trabalhar junto ao irmão mais velho para sustentar a família.
Zumbi Dos Palmares – Zumbi nasceu na Serra da Barriga, Capitania de Pernambuco, atual União dos Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue ao padre missionário português Antônio Melo quando tinha aproximadamente seis anos.

.Aos 10 anos de idade, já era fluente em português e latim. Aos 15, fugiu e voltou para o Quilombo de Palmares.

Maria Bonita – Maria Bonita casou-se muito jovem, aos 15 anos. Seu casamento desde o início foi muito conturbado.

A cada briga do casal, Maria Bonita refugiava-se na casa dos pais. E foi, justamente, numa dessas “fugas domésticas” que ela reencontrou Virgulino, o Lampião, em 1929.

 

Rachel de Queiroz – Quinta ocupante da Cadeira 5, eleita em 4 de agosto de 1977, na sucessão de Candido Motta Filho e recebida pelo Acadêmico Adonias Filho em 4 de novembro de 1977.

Raquel de Queirós nasceu em Fortaleza (CE). Estreou como autora de ficção em 1927, com o pseudônimo de Rita de Queirós, publicando trabalho no jornal O Ceará, de que se tornou afinal redatora efetiva.

Rui Barbosa – Rui Barbosa, advogado, jornalista, jurista, político, diplomata, ensaísta e orador, nasceu em Salvador, BA, em 5 de novembro. de 1849, e faleceu em Petrópolis, RJ, em 10 de março de 1923. Membro fundador, escolheu Evaristo da Veiga como patrono da cadeira nº. 10 da Academia Brasileira de Letras.

Foi um dos organizadores da República e coautor da constituição da Primeira República juntamente com Prudente de Moraes. Ruy Barbosa atuou na defesa do federalismo, do abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais.
Caetano Veloso – Caetano Veloso é um músico brasileiro, um dos criadores do Movimento Tropicalista no Brasil, nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no dia 07 de agosto de 1942.

Em 1960, a família vai morar em Salvador. Nessa época, Caetano ganha um violão e canta com sua irmã Maria Betânia (1946), em bares de Salvador.

 

Paulo Freire – Patrono da Educação Brasileira, 29 títulos de Doutor Honoris Causa em universidades da Europa e América, vencedor do prêmio da UNESCO de Educação para a Paz. Inúmeros títulos tentam mensurar a importância de Paulo Reglus Neves Freire para a educação no Brasil.

Nascido em Recife, no dia 19 de setembro de 1921, Paulo Freire foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro. Ganhou destaque devido ao trabalho que desenvolveu na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política.

O pernambucano é o autor do livro “Pedagogia do Oprimido”, obra que propõe um método de alfabetização dialético, que se diferencia do “vanguardismo” dos intelectuais de esquerda tradicionais. Paulo Freire sempre foi um entusiasta do diálogo com as pessoas simples, não apenas como metodologia, mas como um modo de ser realmente democrático.

 

PB Agora

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