Luzes, homenagem, realização e sonho. Com temática voltada para a valorização e o reconhecimento do Cinema Paraibano, começou oficialmente na noite desta segunda-feira (5) a 17ª edição do Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB. A abertura, foi realizada no Teatro Municipal Severino Cabral, reuniu cineastas, produtores, jornalistas e amantes da sétima arte.
A primeira noite do evento, que já se transformou em um dos mais importantes festivais do Brasil, foi marcada pela exibição de filmes produzidos durante a pandemia da covid-19 e com mensagens de incentivo à vacina. A noite de abertura do Comunicurtas UEPB também prestou reverência aos diretores e produtores da Acauã Produções Culturais, homenageados nesta edição, juntamente ao Laboratório Jabre e Projeção Viação.
Antes da primeira sessão, o coordenador geral do evento e coordenador de Comunicação da UEPB, o jornalista Hipólito Lucena, destacou a importância do evento e das perspectivas para mais uma edição. Ele destacou a força do Festival que sempre tem atuado como laboratório pedagógico para os estudantes de Jornalismo da Instituição, e que a cada ano tem superado obstáculos resistindo às dificuldades. Ele ainda lembrou que a despeito de todas as adversidades, o Festival este ano superou as expectativas, o que se confirma na grande procura de cineastas de todo o Brasil. Foram mais de 1.600 trabalhos inscritos e pouco mais de 120 selecionados para as mostras competitivas.
Grandes homenageados desta edição, os cineastas da Acauã Produções Culturais, não escondiam a alegria pelo reconhecimento do Comunicurtas UEPB pelo trabalho que eles realizam no campo dos audiovisuais há mais de 33 anos. José França de Oliveira, que é natural de São Bento, no Sertão paraibano, disse que estava imensamente honrado com a homenagem. “Para nós é uma honra ser homenageado neste Festival. Um orgulho imenso. E ter o nosso trabalho reconhecido por um festival da magnitude e respeitado, comoe é o Comunicurtas UEPB não só em Campina Grande, mas no Brasil”, disse.
José França de Oliveira concorre nesta edição de 2022 com dois trabalhos, “O sonho de Leandro”, que conta a história do poeta sertanejo Leandro Gomes de Barros, que é tido por muitos como o pai de cordel; e a animação “Anjos Cingidos”. Ele também falou das dificuldades encontradas para realizar o filme em um contesto pandêmico, em que praticamente toda a equipe contraiu o vírus, o que segundo ele, foi muito desgastante psicologicamente para todos. Viagens, testes e medo marcaram as produções dos dois filmes.
França também enalteceu a iniciativa do Festival em homenagear o Cinema paraibano, mostrando para o mundo o que é produzido na Paraíba, com toda a sua riqueza cultural. “A 17ª edição do Comunicurtas UEPB é uma janela de exibição do cinema paraibano”, destacou.
Presidente da Acauã Produções Culturais e diretor dos curta “Anjos Cingidos”, Laércio de Oliveira Filho, também destacou a importância do Festival para a valorização das produções paraibanas. Laércio Filho, que dirigiu o curta juntamente a Maria Tereza, que também estava na noite de abertura, destacou que o Festival da UEPB tem realizado um grande trabalho no incentivo ao cinema paraibano e na divulgação da cultura do Estado. “O Comunicurtas UEPB foi um parceiro da Acauã Produções e eu tenho uma admiração muito grande por este Festival devido ao reconhecimento e a inclusão que ele faz nas obras do interior da Paraíba e do Brasil” disse.
Para ele, esta iniciativa serve de estímulo para futuras gerações, principalmente no interior paraibano. Além de “Anjos Cingidos”, e o “O sonho de Leandro”, a primeira sessão da Mostra Tropeiros também exibiu o filme “Apnéia”, de Natan Cirilo e Carol Torquato.
Na Mostra Brasil, foram exibidos os filmes “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelle, e “O Pato”, de Antônio Galdino. Na mostra Longa, foi exibido o filme “Todas as suas traduções”, de Sinedei Moura, que também falou da emoção de concorrer no festival. O filme conta a história da cantora paraibana Fidélia Cassandra.
Além dos paraibanos, o Comunicurtas UEPB contara com produções audiovisuais de outros estados do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas e Rio Grande do Sul, e até de outros países, como, Grécia, Sérvia, Portugal e Espanha. Alguns dos filmes estarão disponíveis na plataforma Streaming a partir do dia 3 de dezembro. Com a temática “Celebrando o Cinema Paraibano”, o 17º Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB segue até a próxima quinta-feira (8), com exibição de filmes, debates e oficinas
Mostra de Telejornalismo
A 17ª edição do Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB teve início na manhã desta segunda-feira (6) com exibição da primeira mostra competitiva: Tropeiros de Telejornalismo. A primeira sessão, realizada no auditório I da Central Acadêmica Paulo Freire, no Câmpus I, foi para exibir as reportagens que concorrem nesta edição do festival. Ao todo, foram exibidas 10 produções de jornalistas das TVs locais, além de produtos audiovisuais independentes.
Diante de uma plateia formada por estudantes, professores e jornalistas, foram exibidas as reportagens “Tour Bananeiras Caminho do Frio”, e “Festival do Mel”, de Bruna Morais; “O Rei das Selas – a História de Zé Massu”, de Samara Maciel; “Menos de 1% da população indígena tem ensino superior na Paraíba”, de Silvia Torres; “Cinema da Liberdade” e Série Engenhos” de Hebert Araújo; “Músico Luthier e artistas plásticos”, de Daniel Rodrigues; “Conheça projetos audiovisual para telespectadores surdos”, de Vanessa Costa e Fabrício Diniz; “Moradia e deficit habitacional”, de Renata Fabrício, e “A Maratona dos Campeões”, de Dayvson Victor.
Aós a exibição, aconteceu um debate com a presença de alguns jornalistas e representantes das produções. Entre os jornalistas, participaram do evento, Vanessa Costa, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Renata Fabrício da Rede Ita, e Rômulo Azevedo da UEPB. Paralelo a esse evento, aconteceu um debate no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) com os realizadores da Mostra Território Liberdade e Som da Serra de Videoclipes
Com a temática “Celebrando o Cinema Paraibano”, o 17º Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB segue até o próximo dia 8, com exibição de produções da Paraíba e de vários estados do Brasil e até do exterior. Ao todo, foram selecionados 120 filmes, distribuídos nas mostras Brasil de Curta Metragem, Longas Nacionais, Tropeiros, curtas paraibanos; Tropeiros de Telejornalismo, Tropiques, Som da Terra, A Ideia É, Estalo e Território e Liberdade.
Este ano, o Festival acontece no Teatro Municipal Severino Cabral, no Cine São José, em projeções e debates no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) e na Central de Integração Acadêmica Paulo Freire. Promovido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), por meio da Coordenadoria de Comunicação (CODECOM), Departamento de Comunicação (DECOM) e Pró-Reitoria de Cultura (PROCULT), o Comunicurtas UEPB consiste na difusão e exibição de filmes e vídeos de curta e longas-metragens locais, regionais, nacionais e internacionais, das áreas de Cinema, Jornalismo e Publicidade. Além das exibições, o festival promove ainda, palestras, debates e oficinas.
Redação
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