A Paraíba o tempo todo  |

FÉ: mais de 5 mil fiéis irão à procissão de Nossa Senhora da Conceição

 Oração, louvor e agradecimento a Deus. Este é o clima que deve mover os fiéis no encerramento da festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Campina Grande neste domingo 8 de dezembro. A edição 2013 da festa foi marcada pela participação da comunidade em todas as celebrações realizadas na Catedral. No encerramento neste domingo estão sendo esperados mais de cinco mil fiéis, na procissão em homenagens à padroeira de Campina Grande, marcada para as 16h.

Ao longo de todo o dia, a Diocese realiza terços, ofícios e missas solenes. Segundo o bispo diocesano dom Manoel Delson, esta será a oportunidade da população agradecer a Deus pelas maravilhas realizadas na vida da Imaculada Conceição.
“A expectativa é muito grande, pois sei que o povo de Campina Grande é devoto e gosta de participar. Precisamos repensar nosso valores, buscar harmonia e oferecer mais amor ao próximo”, afirmou o bispo de Campina Grande.

Com o tema “Com Maria, somos discípulos e missionários de Jesus”, as homenagens a Nossa Senhora da Conceição começam às 7h (horário local) com missa da alvorada presidida pelo padre Márcio Henrique. Às 8h acontecerá o tradicional café com Maria e às 10h com a celebração de missa solene presidida pelo bispo dom Manoel Delson e concelebrada por vários padres da diocese. O auge das festividades será às 16h com procissão de Nossa Senhora da Conceição.

A exemplo de anos anteriores, os fiéis vindos de todas as paróquias da Diocese se concentrarão na Catedral de onde sairá em procissão com destino ao Parque do Povo. Rezando e cantando, eles percorrerão as ruas Bento Viana, Vila Nova da Rainha, Dr. Severino Cruz e Parque do Povo, onde acontecerá a missa principal da festa presidida por dom Manoel Delson.

A Festa de Nossa Senhora da Conceição foi aberta na última sexta-feira (29), com celebração na Catedral Diocesana. A programação foi marcada por novena e missa, todas as noites, até o dia 7 de dezembro, sendo cada noite com um padre convidado, além da festa social, no pátio da Catedral, com uma atração musical por noite.

“Esta tem sido uma oportunidade de provocar, em todos os cristãos, um olhar de fé e piedade para Nossa Senhora que, observe, acima de tudo, o caminho de discípula fiel do seu filho que ela percorreu”, diz trecho da mensagem assinada pelo Bispo de Campina Grande, dom Manoel Delson, pelo pároco da Catedral, Márcio Henrique Mendes Fernandes e pelo Vigário Paroquial, Monsenhor Antônio Apolinário Batista, em relação à festa deste ano.

Este ano, como nos anos anteriores, a Catedral desenvolveu, durante a festa, o projeto Solidariedade e Partilha, com a participação da comunidade campinense.
“Estamos desenvolvendo este projeto há seis anos. Nós pedimos a participação solidária dos fiéis, da comunidade campinense, através da doação de alimentos, que ainda podem ser entregues na secretaria da Catedral nesse dia especial para a nossa diocese. Esses alimentos serão entregues a famílias carentes agora no período do Natal, atendendo ao que diz o Evangelista Mateus: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer'”, clamou o Padre Márcio Henrique.

Padres destacam virtudes de Nossa Senhora

Os padres que participaram na condição de convidados da programação da festa de Nossa Senhora da Conceição em Campina Grande, deixaram uma mensagem de fé, esperança e amor. O Padre Haroldo Andrade Silva, da Paróquia da cidade de Sumé, abordou o tema “Maria, mulher de obediência à Palavra!”.
Ele citou a importância de Maria para os católicos, destacando que a celebração de Maria na igreja é antiga, feita desde o início do catolicismo. “Desde os primórdios da igreja já existia a celebração a Nossa Senhora. Nós católicos temos este carinho por Nossa Senhora porque ela, depois de Cristo, é a maior santa”.

Padre Haroldo disse que Nossa Senhora tem uma grande importância par a igreja e negar essa importância é desconhecer o papel que ela exerceu para a humanidade. “Ninguém pode negar esta santidade de Nossa Senhora e a grandeza desta mulher. Para ser um bom católico tem que ser devoto de Nossa Senhora”.

O pároco de Sumé lembrou que o mundo precisa muito deNossa Senhora, destacando a sua grandeza, por ter sido escolhida como o primeiro Sacrário de Jesus. “Precisamos do auxilio da Virgem Maria. O mundo precisa muito dela. Estamos aqui para reconhecer a grandeza com que Deus escolheu Maria para ser a mãe do seu Filho e mãe da humanidade”.

O padre Herbert Pereira Guedes, da Paróquia da cidade de Monteiro, celebrou a novena e missa com o tema “Maria, plena de Deus, cheia do Espírito Santo”.
Em sua homilia, padre Herbert destacou as virtudes de Nossa Senhor e, dentre elas, a de ser plena de Deus e do Espírito Santo. “A cada noite vamos vendo as virtudes de Nossa Senhora e hoje falaremos sobre a virtude de Maria plena de Deus Cheia do Espírito Santo. O que Nossa Senhora falou em Nazaré se cumpre até hoje porque foram palavras de Deus: ‘todas as gerações me chamarão de bem aventurada’”.

Para Pe. Herbert, Maria é plena de Deus e cheia do Espírito Santo “não só porque ela é mãe de Jesus, mas porque o próprio Jesus disse: ‘mais feliz ainda é quem escuta a palavra de Deus e a coloca em prática’”. Segundo ele, nós também devemos ser como Maria, “colocando em prática os ensinamentos de Jesus, escutando a Palavra de Deus e colocando pratica. É olhando o exemplo de Maria que nós, como igreja, somos chamados a fazer o que ela fez”.

Por sua vez, o Padre José Vanildo Medeiros, da Paróquia de São Cristóvão, no bairro do Centenário, falou sobre o tema “Maria, Mãe que ensina a seguir o Mestre”
Esse trecho do Evangelho conta a história de Jesus que, durante pregação, foi informado de que sua mãe, Maria, e seus irmãos, estavam do lado de fora, querendo com Ele falar. Segundo o evangelista, Jesus respondeu: “Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? Todo aquele que faz a vontade do Meu Pai, que está no céu, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

Padre José Vanildo iniciou a sua homilia falando da alegria de participar da festa na Catedral e disse que muitas pessoas interpretam essa passagem da Bíblia de forma equivocada. “É com alegria que estamos aqui para celebrar a protetora de Campina Grande. Mas digo que Jesus nunca renegou sua mãe nem renegou seus parentes”.

Segundo José Vanildo, o que o evangelista destaca é que, muitas vezes, é necessário romper os laços familiares, como exigência do Reino de Deus, contraindo uma nova família. “A família de Jesus não está condicionada aos laços de sangue. Ela é formada por aqueles que se dispõem a segui-lo, colocando em prática o que ele nos ensina”.

Ele  disse ainda que é necessário aos cristãos atos concretos de fé. “Temos que mostrar, com ações concretas, que agimos como Jesus e aprender com Ele essa lição que vem do Evangelho de Mateus, capítulo 12: ‘Todo aquele que faz a vontade do Meu Pai, que está no céu, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe’”.

Zé Vanildo disse que, como igreja, povo de Deus, “devemos ir ao encontro dos nossos irmãos e irmãs não apenas com palavras, mas com testemunhos, gestos concretos de fé” e que é necessário “aprender com Maria como amar ao próximo. E amar sem distinção. Com Maria e como Maria, somos chamados. Maria nos ensina a seguir o mestre Jesus”.

O dogma de Nossa Senhora da Conceição

A Igreja ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.

Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant’Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”.

A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu Sou a Imaculada Conceição”.

 

Severino Lopes

PBAgora

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe