Quem gosta da sonoridade da flauta, do som dos pífanos, do choro, do samba instrumental ou cantado, tem uma programação especial neste sábado (5), na Praça Rio Branco, Centro de João Pessoa. Por lá, acontece mais uma edição do projeto Sabadinho Bom, realizado pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), e que traz como atração o flautista Renan Rezende. O encontro é a partir do meio-dia.
“Nós sempre confirmamos e celebramos a conquista, pela população de João Pessoa, desse espaço cultural, a céu aberto, que tem se transformado a Praça Rio Branco. O Sabadinho Bom é um exemplo de uma ação cultural que se transformou num patrimônio e numa experiência social para os moradores e turistas se encontrarem no fim de semana. É muito gratificante podermos fazer o Sabadinho Bom”, declarou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
No repertório, o artista promete muito choro e samba, mas também baiões, forrós, maxixes, valsas, valorizando a diversidade da música brasileira. “Sempre com aquele olhar, sonoridade e a forma de fazer do chorinho”, ressalta Renan Rezende.
No show, ele conta com o acompanhamento dos músicos Carlos Moura, no pandeiro e voz; Luiz Humberto, no violão sete cordas e bandolim; e Lucas Wanderley, no cavaquinho e pífanos. Renan Rezende conta que uma singularidade do show é o momento em que ele se junta a Lucas Wanderley nos pífanos e evocam a sonoridade das tradicionais bandas cabaçais do Sertão do Nordeste.
Para citar algumas músicas do show, ele elenca Receita de Samba, do grande mestre Jacob do Bandolim; Um Tom para Jobim, de Sivuca; músicas cantadas também como Paulinho da Viola, com Timoneiro; Bandeira da Fé, de Zé Catimba; além de músicas autorais, como uma chamada Bagaço.
“O Sabadinho Bom é um projeto fantástico e já muito estabelecido, consolidado na cidade de João Pessoa. Eu tive a oportunidade de tocar no Sabadinho lá no comecinho do projeto, no primeiro ano, em 2008, naquela época com o Grupo Chouriço”, lembra. Nesse intervalo, o músico esteve outras vezes no palco. “De lá para cá, o projeto só cresceu e agora estou retornando com meu show solo”, declara o instrumentista.
Ele diz que a importância do Sabadinho está na valorização da principal música instrumental brasileira, reconhecida internacionalmente, que é o choro. Afirma ainda que o projeto oferece estímulo ao choro, a quem faz o choro na cidade, a quem toca choro e aos diversos grupos de artistas e instrumentistas que fazem choro. “Eu acho que a importância está nisso, na valorização”, comentou.
Além disso, o flautista observa que há uma série de desdobramentos que o projeto faz acontecer. “Quando encerra o Sabadinho, por exemplo, começa uma roda de samba, uma intervenção espontânea. Mais na frente, tem o Beco da Cachaçaria Philipéia, onde sempre rola uma batucada, o maracatu, pífanos, rodas da cultura popular. Mais em cima, na General Osório, tem outras consequências do Sabadinho, o pessoal no meio da rua com música eletrônica acontecendo. Isso tudo de maneira gratuita e influenciadas pelo Sabadinho Bom. Isso é muito importante”, avalia.
Renan Rezende afirma que é sempre uma grande alegria ter a oportunidade de retornar ao Sabadinho Bom, com a alegria contagiante do público que vai prestigiar os artistas da terra. “É um público que curte mesmo, que vai, que dança, que lota, festeja, sustenta o Sabadinho, resiste e não deixa acabar. Então, sempre resistimos. Gostamos muito de estar voltando para o Sabadinho Bom”, completa.