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Flávio José e Biliu no São João da Capital

Está difícil apontar a noite mais fraca na programação musical do São João em João Pessoa – O Melhor da Gente, evento que a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) promove este ano no Ponto de Cem Réis, no centro da cidade. Na noite desta sexta-feira, dia 18, por exemplo, sobem ao palco dois dos maiores forrozeiros nascidos na Paraíba, Flávio José e Biliu de Campina.

O talento sobra nesta dupla que a cada apresentação mostra por que o forró foi, é e continua sendo uma expressão musical que ocupa lugar especial na identidade cultural brasileira. Quem abre a noite é o Grupo Caçuá com o show ‘Batuques e Cantos’. A programação começa às 18 horas.

“Flávio José representa a raiz, a matéria-prima original da pura tradição musical nordestina. Carisma de poeta-cantador e talento de sanfoneiro-compositor na alma de um forrozeiro nato. São 30 anos de luta na defesa intransigente da cultura nordestina, militando nas monolíticas trincheiras do forró. Entrincheirado na sua pequena Monteiro, na região do Cariri Paraibano, é um produtor cultural genuinamente nordestino, produzindo e estimulando a produção e a difusão do forró, como um patrimônio cultural imaterial de valor universal, bem como uma legítima expressão cultural autóctone, um dos berços responsáveis pelo pluralismo da MPB.”

As palavras acima estão grafadas no site de Flávio José e será difícil encontrar alguém que não ensine embaixo. O artista não caiu de para-quedas no forró, como anda acontecendo ultimamente.

Entronado como o Rei do Xote, Flávio José tem uma sólida discografia composta por oito LPs e 17 CDs gravados. No repertório que preparou para a noite desta sexta-feira estão algumas das ‘pérolas’ que o consagraram, como ‘Que nem vem vem’, ‘Um passarinho’, ‘Quando bate o coração’, ‘Tareco e mariola’, ‘Mensageiro beija-flor’, ‘Filho do dono’, ‘Caia por cima de mim’, ‘Engenho velho’, ‘Espumas ao vento’, ‘Sem ferrolho e sem tramela’ e ‘De mala e cuia’.

Do forró pré-histórico ao atual
Biliu, “o maior carrego de Campina”, não é só um forrozeiro arretado. É também um dos melhores papos da música brasileira. Com ele não tem nhém-nhém-nhém. É prego batido e ponta virada quando o negócio é defender o legítimo forró e seus autores e desceu a lenha na industrialização da música popular nordestina.

“No show desta sexta-feira não vai ter esse negócio de resgate do forró, que resgate é coisa pra tropa de elite. Vai ter muita recordação. Vamos fazer uma releitura para reviver os melhores momentos do forró, a partir de sua pré-história até os dias atuais”, prometeu o artista.
 

 

Assessoria

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