Categorias: Cultura

Forró é declarado pelo Iphan Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil

PUBLICIDADE

O tradicional forró, movido ao som da sanfona, do triângulo e do zabumba, a partir de agora é Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil declarado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido do registro das matrizes tradicionais do forró foi feito pela Associação Cultural Balaio Nordeste, de João Pessoa, na Paraíba, em 2011.

Nesta quinta-feira (9), em reunião extraordinária, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da entidade considerou a expressão musical como supergênero. De acordo com o órgão, o forró é considerado um supergênero por agrupar ritmos e expressões musicais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.

Após a solicitação, o processo foi aberto em 2011. Segundo Maria Cecília Londres Fonseca, relatora do processo, esse pedido foi antecedido por intensa mobilização de diferentes atores.

Durante o processo para o reconhecimento, o Iphan iniciou, em 2019, uma pesquisa nos nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal e três estados do Sudeste, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, para entender como o supergênero é expressado.

O reconhecimento do forró como patrimônio imaterial do Brasil acontece a apenas quatro dias do Dia do Forró, celebrado anualmente no dia 13 de dezembro, dia do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Gonzagão nasceu em 13 de dezembro de 1912.

A primeira gravação com o termo “forró”, conforme a pesquisa do Iphan, foi feita em 1937 pelos músicos Xerém e Manoel Queiroz, intitulada “Forró na roça”.

Mas foi Luiz Gonzaga o principal divulgador e representante do forró em todo o País. No começo de tudo, o gênero musical era tocado com três instrumentos apenas: a sanfona, a zabumba e o triângulo. Em seguida, outros instrumentos foram acrescentados à musicalidade, como o pandeiro, a guitarra e a bateria.

Nomes como Luiz Gonzaga, conhecido como o “Rei do Baião”; Jackson do Pandeiro, “O Rei do Rítmo”, Dominguinhos, Alcymar Monteiro, Nando Cordel, Flávio José, Santana, o cantador, Elba Ramalho, Marinês e tantos outros, tornaram o forró uma expressão cultural vida do nordestino. Em Campina Grande, terra do “Maior São do Mundo”, outros forrozeiros  fazem parte desta “constelação” como Biliu de Campina, Ton Oliveira, Capilé, Edmar Miguel, entre outros.

A presidente do Iphan, Larissa Peixoto, lembra que outros gêneros tradicionais do cancioneiro nordestino também já foram reconhecidos, como a ciranda e o repente.

PB Agora

PUBLICIDADE

Últimas notícias

João Pessoa lidera destinos turísticos para 2025: momento é de acolher e não de afastar visitantes

A empresa de viagens online Booking divulgou esta semana sua previsão para o turismo mundial…

23 de novembro de 2024

Lucas Ribeiro inaugura Aeroclube Governador José Targino Maranhão, em São Miguel de Taipu

O vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro, participou neste sábado (23) da inauguração do novo Aeroclube…

23 de novembro de 2024

Após diálogo com ministros de Lula, Veneziano tranquiliza gestores da Paraíba sobre continuidade de carros-pipa

O Vice-Presidente do Senado Federal, Senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) manteve contato telefônico na…

23 de novembro de 2024

MP do TCU pede suspensão do salário de militares indiciados pela PF

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado,…

23 de novembro de 2024

Polícia Militar já apreendeu mais de 150 armas de fogo em Cabedelo em 2024

A Polícia Militar apreendeu mais uma arma de fogo na região de Cabedelo, na grande…

23 de novembro de 2024

Jogos da Juventude iniciam nova etapa a partir deste domingo

A partir deste domingo (24), os Jogos da Juventude João Pessoa 2024 iniciam uma nova…

23 de novembro de 2024