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Funjope divulga aprovados pelo Fundo Municipal de Cultura

 A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) divulgou nesta sexta-feira (12) a relação dos 83 projetos artístico-culturais aprovados pelo Fundo Municipal de Cultura (FMC) com um aporte de R$ 1,494 milhão. O valor, 25% maior do que o oferecido em 2012, subsidiará a produção cultural local em diversas modalidades artísticas.

A relação dos projetos selecionados pode ser consultada pelo link http://goo.gl/0CTn1G. Foram contemplados 25 projetos musicais, 16 teatrais, 11 literários, nove de cultura popular, sete circenses, cinco de dança, cinco de artes visuais e cinco de artes integradas.

“O FMC é uma ferramenta importantíssima para a promoção da cultura local e a Funjope vem diversificando e aumentando os investimentos no edital, que primou pelo caráter multicultural na seleção de seus artistas”, afirma o diretor-executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Maurício Burity. Duzentos e vinte e dois projetos foram inscritos neste ano.

Muitos dos que tiveram projetos aprovados em anos anteriores viram a sua carreira deslanchar graças ao apoio que receberam do FMC. “Eu sonhava em divulgar o meu álbum, mas a música instrumental tem um mercado difícil e encontrar patrocínio é um obstáculo maior ainda”, diz Marcelo Araújo Vilor, clarinetista e saxofonista, filho do saudoso Maestro Vilôr.

Experiências bem-sucedidas
– Contemplado com o incentivo em 2011, ele se prepara agora para lançar o CD autoral “Impressões de um Compositor”, com parcerias dos músicos Teinha, Costinha, Leo Meira e Lucy Alves e valsa, forró, baião, frevo e chorinho no repertório.

O curta-metragem de ficção “O Terceiro Velho”, do cineasta paraibano Marcus Vilar, premiado oito vezes, foi outro fruto do Fundo Municipal de Cultura. Com Fernando Teixeira, Kassandra Brandão, Buda Lira e Zé Dumont no elenco, o curta mostra a noite de uma prostituta que passa por situações inusitadas ao lado de clientes. “Antigamente, para receber algum incentivo, você tinha que ser amigo de um secretário ou prefeito. Hoje, com fundos de incentivo como este, é possível apresentar um projeto consistente”, diz o diretor.

Com a experiência de 31 anos dedicados ao cinema e 20 filmes no currículo, sendo dois longas (o último, sobre Jackson do Pandeiro, também financiado por outro edital municipal, o Walfredo Rodrigues), Marcus salienta que o cinema ainda é uma arte cara se for para ter qualidade. “É possível fazer filmes até com celular. Mas o cinema é uma arte de alto custo, que requer produção e equipamento de qualidade”, reforça.

A artista plástica naif e escritora campinense Analice Uchôa lançou em 2012 a obra infanto-juvenil “Os Trinta Dinheiros do Rei Melchior”, com dinheiro do FMC e contrapartida de dez visitações em escolas públicas, em que explicava para os estudantes o processo criativo por trás da concepção do livro. “O fato de o livro ter sido adotado na bibliografia de duas escolas daqui também foi uma conquista muito gratificante”, orgulha-se.

“Passei dois anos tentando captar os recursos necessários para implantar um projeto de arte circense e não consegui juntar o valor mínimo, de R$ 59 mil, que só conquistei quando o inscrevi e fui aprovado pelo FMC, em 2011”, lembra o ator e arte-educador Diocélio Barbosa, autor do projeto Balaio Circense, que promovia oficinas de capacitação e espetáculos em vários pontos de João Pessoa (ele também acaba de ser contemplado com uma extensão do projeto). “Para o ator, a captação por meio dos fundos de incentivo é importantíssimo para a manutenção das companhias, já que é difícil para o ator viver de bilheteria”, concorda o ator Thardelly Pereira Lima.

Apoiado pelo FMC, o grupo Ser Tão Teatro, do núcleo de Artes Cênicas da Universidade Federal da Paraíba, encenou a montagem da “Farsa da Boa Preguiça”, de Ariano Suassuna” há dois anos, nas praças do Coqueiral, Paz e no Largo de São Pedro Gonçalves. “Remontar o espetáculo foi um grande presente. Tivemos a oportunidade de retomar um trabalho rico e que revela algumas das muitas facetas da nossa gente, com as pitadas de criticidade e do bom humor do querido Ariano”, revela Isadora Feitoza, atriz e fundadora do coletivo.

“Conseguimos proporcionar o encontro de públicos altamente distintos, crianças da Comunidade do Porto do Capim que acompanharam a preparação dos personagens, a apresentação do espetáculo e até a desmontagem. Há ainda muito o que se explorar neste vasto território criativo que temos aqui em João Pessoa e torcemos para que o Fundo Municipal de Cultura consiga abarcar e suprir as necessidades da cultura pessoense, bem como contribuir na formação e manutenção de novos coletivos”, completa.

Redação com Secom

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