No final da tarde desse domingo (07), o diretor e ator de teatro Geraldo Jorge de Lima faleceu em sua residência, no bairro de Jaguaribe, aos 79 anos de idade. Geraldo ficou conhecido como o visionário por trás de um espetáculo marcante que continua a atrair multidões aos teatros: o “Pastoril Profano”, encenado pela primeira vez em 1994.
Em uma entrevista concedida em 2016, ele revelou a origem da ideia: “O pastoril era sempre com mulheres, mas pensei em fazer com homens vestidos de mulher, sem ser travestis. Era para ficar mais irreverente e engraçado”.
Geraldo enfrentava problemas de saúde, sendo cardiopata, diabético e portador do Mal de Parkinson. Sua morte foi causada por broncoaspiração. O velório ocorrerá no Parque das Acácias, no bairro José Américo, nesta segunda-feira (08), seguido do sepultamento no mesmo local às 16 horas.
A carreira de Geraldo Jorge teve início em 1966, integrando o Grupo de Teatro da Sociedade Cultural de João Pessoa. Seu talento logo se destacou, e ele participou de produções como “A Farsa do Corregedor” e “O Rapto das Cebolinhas”. Em 1972, fundou o Grupo Tenda, ao lado de Leonardo Nóbrega, dando origem a peças marcantes como “Tempestade em Água Benta” e “A Viúva e o Lobisomen”.
Ao longo dos anos, Geraldo acumulou uma extensa lista de montagens, incluindo obras para o público adulto como “Morte e Vida Severina”, além de diversos espetáculos infantis que encantaram gerações. No entanto, foi com o “Pastoril Profano” que ele alcançou um sucesso extraordinário, lotando teatros e contribuindo para a cultura popular paraibana.
PB Agora