Uma relíquia do barroco no sertão do Nordeste, quase intocável na sua arquitetura original,está completando 300 anos. A igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso em Pombal, no Alto Sertão paraibano, preserva em suas paredes antigas, três séculos de história. Erguida no solo seco do Sertão paraibano, no estilo barroco colonial, bem no centro da cidade, a Igreja resiste am tempo e conserva sua arquitetura original praticamente intacta.
Considerado um dos mais importantes marcos da história de Pombal, que preserva o patrimônio da arte barroca romana em sua terceira fase no Nordeste, a Igreja do Rosário, guarda em suas paredes, a história de luta e fé de um povo.
O pároco da igreja, padre José Elias de Sousa Sá, disse por telefone ao PB Agora, que a igreja tem grande importância cultural e religiosa para o Sertão paraibano
O padre José Elias de Sousa Sá, disse que a pretensão era realizar uma grande festa este ano, o que não será possível devido a pandemia. No entanto, os pombalenses não deixarão de festejar o Jubileu, mesmo com algumas restrições e seguindo os protocolos sanitários.
Ele lembrou que as comemorações do Jubileu dos 300 anos começaram em fevereiro e seguem até o mês de outubro, quando acontece a tradicional Festa do Rosário. No momento, por conta dos decretos com medidas restritivas ao Covid-19, as Missas estão acontecendo com 30% da capacidade e chegaram a ser realizadas com as portas fechadas, e transmitidas pelo canal Youtube.
“Iniciamos no dia 24 de fevereiro de 2021 as comemorações alusivas aos 300 anos do início da construção da primeira igreja matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso em Pombal, de modo que esta é uma data muito importante para todos Pombalense, marca-se o início das celebrações dos 300 anos da Construção da Primeira Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, padroeira de todo o município de Pombal” afirmou.
A igreja, uma das joias da arquitetura e da arte, foi construída no longínquo ano de 1721, quando a cidade ainda estava em fase de colonização. Inicialmente, no local existia uma pequena capela datada de 1701, onde eram celebradas algumas missas por missionários que vieram catequizar os índios.
A igreja, que foi um marco da colonização da cidade de Pombal, e símbolo de bravura de um povo, construída em pedra e cal, mantém ainda hoje, o seu interior todo original, com retábulos em madeira dourada e policromada nos estilos barroco e rococó. O local de oração, silêncio e escuta da Palavra de Deus, também preserva toda a riqueza da arte barroca.
O pároco do local, padre Elias, lembra que a igreja marcou o início da colonização em Pombal, e também do cristianismo e presença do catolicismo na cidade.
A igreja é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP). Sua preservação é definida por lei.
O padre Elias lembra que inicialmente, por conta de uma promessa feita pelos conquistadores do local, onde se encontra Pombal, a igreja foi batizada de Nossa Senhora do Bom Sucesso, sendo a primeira Matriz da paróquia.
Na construção da atual igreja do Rosário, os índios, escravos e trabalhadores livres foram utilizados como mão de obra. O pedreiro responsável pela obra de arte se chamava Simão Barbosa.
A igreja do Rosário só passou a ser conhecida assim depois que mítico negro de nome Manoel Cachoeira conseguiu convencer o Bispo de Olinda a oficializar a festa, em que se observa nítida vinculação com manifestações religiosas impostas pelo colonizador aos escravos, que penavam no famigerado cativeiro, o qual deixou marcas indeléveis.
Em 1721, quando a guerra dos “bárbaros” já integrava a memória dos antigos colonizadores, a estrutura primitiva da capela cedeu lugar a uma perfeita obra de arte, com sinuosos traços arquitetônicos que se vinculavam ao estilo vigente quando de sua construção.
Segundo alguns historiadores, a construção da igreja do Rosário, foi feita por índios, escravos e trabalhadores livres, tendo o construtor Simão Barbosa responsável pela obra de arte.
O padre Elias, observou que nada mais existe da primeira capela de orações, datada de 1701, construída para administrar os santos sacramentos aos índios que iam sendo convertidos pelo capelão à religião cristã.
Segundo o historiador, Verneck Abrantes, a construção da igreja, data de 24 de fevereiro de 1721, quando foi lavrada uma escritura pelo escrivão Álvaro de Lima Oliveira, obrigando-se o pedreiro Simão Barbosa Moreira a construir a Igreja Matriz no período de três anos, pela quantia de seiscentos e cinquenta mil réis, paga por uma Confraria presidida pelo capitão José Diniz Maciel que contratou a obra.
Demolida a antiga, foi construída a primitiva Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso e tem hoje o nome de Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Passados 300 anos, a Igreja segue preservando, arte, beleza e a fé do povo sertanejo.
Severino Lopes
PB Agora
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