Agora é Lei. As manifestações culturais de Coco de Roda, Ciranda e Mazurca foram declaradas patrimônios culturais imateriais da Paraíba. A lei, de autoria da deputada estadual Cida Ramos (PSB), foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (11).
Com a Lei, o Governo do Estado promoverá a divulgação das manifestações culturais, por meio de atividades em escolas públicas estaduais, nos festejos juninos e feiras de arte e cultura cuja organização seja promovida pelo Estado.
Na Justificativa, a deputada Cida enfatizou que essas manifestações culturais são danças de roda, acompanhadas de cantoria e executadas em pares, fileiras ou círculos durante festas populares do litoral e do sertão nordestino. O som característico vem de instrumentos percussivos que marcam o ritmo acelerado, e é complementado pelo bater de pés e pelas palmas que, muitas vezes, são os únicos instrumentos utilizados.
Considerada uma expressão cultural, o coco de roda está presente em quilombalas e diversas comunidades paraibanas. Um dos projetso realizado em duas comunidades quilombolas, na Paraíba, mantém viva a tradição do coco de roda. O “Clamores antigos” conta com a participação de 20 crianças e adolescentes que dançam e tocam o ritmo, no distrito do Conde, no Litoral Sul do Estado.
O município de Conde tem sua história marcada pela luta do povo quilombola. O Coco de Roda na Comunidade do Ipiranga em Conde é uma referência na região Nordeste e no Brasil.
Outro coco de rodas tradicional, é desenvolvido na comunidade quilombola Caiana dos Crioulos, localizada nos municípios de Alagoa Grande e Matinhas, no Agreste paraibano, a cerca de 122 quilômetros de João Pessoa.
As famílias de Caiana dos Crioulos mantêm vivas tradições e manifestações culturais herdadas de seus antepassados africanos, a exemplo dos grupos de coco de roda e de ciranda, que se apresentam em eventos artísticos e educacionais na Paraíba e em outros estados.
A cultura do Coco de Roda é uma dança tradicional, que segundo os historiadores, veio dos navios negreiros” quando muitos africanos vieram escravizados para o Brasil.
Severino Lopes
PB Agora