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Livro revela grosserias de Gordon Brown

Surpreender o público está ficando mais difícil para os políticos. Eleitores, afinal, já viram de tudo. Mas partir para a agressão física, somada a palavrões e ataques de fúria assassina, é uma nada bem-vinda inovação incluída no manual do mau comportamento político pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Ele é o protagonista do livro O Fim da Festa, exaustivamente investigado e escrito pelo jornalista Andrew Rawnsley.

Rawnsley entrevistou centenas de amigos, assessores e funcionários da célebre casa na Downing Street, número 10, onde reside e despacha o chefe de governo. Conhecido pelos maus bofes e pela eterna cara de quem saiu de um encontro desagradável com gatos de rua, Brown parece pior à luz de quem o conhece de perto: um homem de formidável inteligência, mas profundamente inseguro, com mania de perseguição, explosivo e raivoso a ponto de agarrar um assessor pelo paletó e empurrar uma secretária, para tomar seu lugar à frente do computador, entre outras baixarias.

Aos entrevistados por Rawnsley somou-se o depoimento de Christine Pratt, diretora de uma associação que recebe queixas por telefone de pessoas que sofrem assédio moral no trabalho. Ela afirmou que tem registros de ligações diretas de Downing Street, com denúncias de funcionários apavorados pelo clima de terror.

A única coisa que, em termos de comportamento, contava pontos a favor de Brown – sua teimosa recusa em parecer bonzinho – tombou no clima de pré-campanha para as eleições de junho. Entrevistado num programa de televisão, falou, de olhos marejados, num assunto que sempre havia evitado: a morte da filhinha recém-nascida, em 2002, vítima de hemorragia cerebral. Brown, que é cego de um olho, respondeu a perguntas do tipo: “O que você tem a dizer sobre ser um escocês idiota e caolho?”. O entrevistador, estranhamente, sobreviveu.

 

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