Entre os 20 filmes de vários países que competem na mostra de longas-metragens, O seu amor de volta (Mesmo que ele não queira), dirigido pelo paraibano Bertrand Lira, é uma das duas produções exclusivamente brasileiras que representam o país no 10º Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema do Fantástico, cuja abertura acontece no dia 08 de setembro próximo, no drive in do Cine Bellas Artes, na cidade de São Paulo. Concorrem ao Troféu José Mojica Marins (O Zé do Caixão), filmes do Japão, Suécia, Canadá, França, Israel, Grécia, Itália, Alemanha, Reino Unido, Argentina, Panamá, Uruguay, entre outros, que serão exibidos on line de 8 a 13 de setembro. O Festival é
uma Realização da FlyCow Produções Culturais e Petra Belas Artes à la Carte.
Com Curadoria de Philippo Pitanga e Eduardo Santana, o objetivo do Festival Internacional de Cinema do Fantástico é incentivar, debater e divulgar o cinema fantástico e seu universo. Um gênero com potencial criativo que permite viagens por territórios desconhecidos e inéditos, exercícios de imaginação, mas que também apresenta pautas atuais e necessárias. O Cinefantasy promoveu nas suas nove edições 927 filmes, 53 atividades formativas, 3.308 filmes inscritos e um público de mais de 20 mil pessoas. Na última edição tivemos uma valoração em mídia espontânea de mais de 12 milhões e 700 mil reais e impacto em mais de 15 milhões e 800 mil pessoas.
Realizado a partir do Prêmio Walfredo Rodriguez de Produção Audiovisual 2014/2015 da Funjope – Fundação de Cultura da cidade de João Pessoa, O seu amor de volta (Mesmo que ele não queira (2019), misto de ficção e documentário, dirigido por Bertrand Lira, aborda o amor perdido e a crença no poder da magia, das cartas e dos búzios para trazê-lo de volta. Para tratar desse universo, quatro personagens relatam suas desventuras amorosas e são colocados frente a frente com cartomantes e videntes que poderão apontar uma saída para suas vidas. São elas, Williams Muniz, Danny Barbosa, Marcélia Cartaxo e Zezita Barbosa. Williams e Marcélia foram agraciados com
o Troféu de Melhor Interpretação no 26º Festival de Cinema de Vitória do ano
passado. A produção do longa é da Extrato de Cinema.
Nessa abordagem, as personagens são convocadas a encenarem seus próprios papéis (“auto-encenação”), em ações e situações provocadas pelo diretor durante o processo de realização do documentário, a exemplo das consultas nos “consultórios sentimentais”. Aqui, elas foram capturadas pela câmera “ignorando” sua presença, a exemplo do que ocorre num filme de ficção ou num documentário de estilo observacional. O relato de histórias para uma cartomante é o elo entre as personagens cujas histórias são entrecruzadas na montagem.
O Cinefantasy é membro fundador da FANTLATAM – Aliança Latino- americana de Festivais de Cinema do Fantástico, uma federação constituída por festivais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Panamá e Uruguai que sela o intercâmbio, a cooperação e o compartilhamento entre os festivais.
A 10ª edição do Cinefantasy tem programação dividida em mostras competitivas, mostras paralelas, atividades de formação. Todas as categorias premiadas recebem o Troféu José Mojica Marins na noite de encerramento.
Com uma política de difusão, inclusão e democratização de acesso, desde 2018 foi criado o ESQUENTA CINEFANTASY, com sessões comentadas na periferia de São Paulo e também o CIRCULA CINEFANTASY, uma itinerância com exibição de obras de edições anteriores ampliando ainda mais o público do gênero. E para comemorar a décima edição, o Cinefantasy apresentará em vários estados brasileiros os 10 ANOS DE CINEFANTASY, um recorte com 10 obras selecionadas e representativas do universo fantástico.
PB Agora