Enrolado em uma bandeira do Rio Grande do Sul, o fã de Metallica Alan Martins, de 24 anos, iniciou uma campanha na Cidade do Rock para conseguir carona para voltar ao seu Estado. Ele viajou durante quatro dias para ver a banda norte-americana, que só tocará no domingo (23). “Fui de carona até Curitiba e de lá peguei um ônibus para chegar no dia 20”, contou, exaltando o bairrismo ao mostrar a data do início da Revolução Farroupilha estampada no grande pano que carregava.
Alan viu o Metallica pela última vez em Porto Alegre, em janeiro de 2010, mas não conseguiu assistir ao show da grade que separa público do palco. “Não tinha dinheiro para a pista VIP”, explicou. Desta vez, o baixo orçamento poderá ser superado pela vontade. Sendo um dos primeiros da fila, o gaúcho só precisará vencer o desconforto de passar mais três dias em uma calçada repleta de mochilas e barracas. “O difícil agora vai ser voltar, são 1.520 km de viagem”.
Fã de System of a Down, o artesão Adriano Camilo Vieira, 25, é outro que está acampando em frente à Cidade do Rock. Ele disse ter sido o primeiro a chegar ao local, na terça-feira (20), e afirmou acreditar que será o primeiro da fila até 2 de outubro, último dia do festival, data da apresentação da banda.
A posição na fila, segundo ele, não será ameaçada com a entrada de milhares de pessoas, pois foi bolado um “esquema” informal para retornar ao posto. “Quem for para as apresentações dos dias anteriores, vai passando. Aí depois a gente volta para o ‘camping'”, explicou.
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