MC Diguinho usou seu Instagram para falar sobre a música “Só surubinha de leve”. Por cantar versos como “Taca bebida, depois taca pica e abandona na rua”, ele é acusado de fazer apologia do estupro.
Após as acusações, a faixa foi excluída das paradas do Spotify e o principal vídeo com a música no Youtube, que contava com 14 milhões de visualizações, também foi retirado do ar.
“MC Diguinho reconhece o conflito de informações devido a toda repercussão. O mesmo informa que, em sua residência, mora com a sua mãe, irmãs e uma sobrinha. Jamais iria denegrir a honra e moral das mulheres. Em respeito a tudo isso, a música será lançada na versão light. Sem mais”.
A previsão era que o artista lançasse o videoclipe da música às 21h desta quarta-feira (17). Mas após a repercussão, um novo post nas redes sociais foi divulgado anunciando que o clipe será lançado às 20h desta quinta-feira (18).
Spotify e Youtube
Após a polêmica, o Spotify e o Youtube enviaram comunicados sobre o assunto.
“Contatamos a distribuidora da música 'Só Surubinha de Leve' a respeito do ocorrido e, fomos informados que a faixa será retirada da plataforma nas próximas horas, uma vez que o tema foi trazido à nossa atenção. A música está atualmente no Top Viral pois teve um pico de consumo nos últimos dias”, explicou o Spotify por meio de comunicado.
O principal vídeo da música no YouTube, com 14 milhões de visualizações após ser lançado em dezembro, também foi tirado do ar. “O posicionamento oficial do YouTube é que não comentamos casos específicos”, afirmou ao G1 a plataforma de vídeos do Google.
Nesta semana, “Só surubinha de leve” foi parar no primeiro lugar na lista “Brazil Viral 50”, do Spotify, que leva em conta as músicas com mais crescimento de audições.
Protesto
Na segunda-feira (15), a estudante universitária Yasmin Formiga escreveu no Facebook: “Se sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua ela não me serve, não me representa”. O post teve mais de 30 mil curtidas e foi compartilhado mais de 120 mil vezes.
Em entrevista ao G1, ela questionou: “Como é que as pessoas vão ouvir uma coisa dessa e não fazer nada? Só vai ajudar com que cresça mais [a violência contra as mulheres]”.
G1