A primeira noite do Carnaval Tradição de João Pessoa, realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e Liga das Escolas de Samba da capital (LiesJP), atraiu uma multidão para a Avenida Duarte da Silveira. Crianças, jovens, adultos, idosos, famílias inteiras se reuniram e lotaram as arquibancadas para prestigiar o Cortejo de Oxalá e o maracatu Coletivo Maracastelo – que abriram as apresentações – e as tribos indígenas que se intercalaram com os clubes de frevo mostrando alegria, criatividade e um colorido todo especial.
“Toda a equipe da Funjope fica muito contente por termos conseguido fazer o Carnaval Tradição de forma tão organizada”, declarou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves. Ele lembrou que, este ano, houve muito diálogo com todas as agremiações. “Fizemos um investimento forte, mais de R$ 900 mil de subvenção direta para todos os grupos, unimos as culturas populares, sobretudo, os maracatus na abertura do nosso Carnaval”.
Marcus Alves afirmou que foi feita uma decoração diferenciada, novas arquibancadas para acolher o público, de maneira que João Pessoa celebra um Carnaval muito forte em 2024. O Carnaval Tradição é muito importante para todos nós. Estamos seguindo uma determinação do prefeito Cícero Lucena no sentido de qualificar as nossas culturas populares, e o Carnaval Tradição é um bom exemplo disso, potente demais”, afirmou.
O presidente da Liga das Escolas de Samba de João Pessoa, Edson Pessoa também comemorou. “Nós temos procurado fazer um Carnaval Tradição sempre mais bonito que o outro. Com o apoio fundamental da Prefeitura de João Pessoa e da Funjope, estamos conseguindo ampliar o espaço para o público, a segurança. e melhorar ainda mais a nossa estrutura. É uma alegria poder estar aqui”, comemorou.
Apresentações – A tribo indígena Xavante, do Bairro dos Novais, iniciou as exibições; em seguida, se apresentou o Clube Adolescente Criança Feliz, do bairro da Torre; logo depois foi a vez da tribo indígena Guanabara, de Paratibe. O clube de frevo Sai da Frente Dona Emília, do Conjunto Esplanada, entrou na sequência, seguido pela tribo indígena Pele Vermelha, do bairro do Cristo. E pelo clube Alegria do Frevo.
As apresentações seguiram com a tribo indígena Guanabara, do bairro Água Fria; clube de frevo Bandeirantes, da Torre; tribo indígena Tabajaras, do Cristo; clube de frevo A Corda do Frevo, da Torre; tribo indígena Papo Amarelo, de Cruz das Armas; clube do frevo Cigano de Esplanada, também do bairro de Cruz das Armas e, encerrando a noite, a tribo indígena Tupinambás, do Alto do Céu/Mandacaru.
Segurança – A cada ano, a Prefeitura de João Pessoa, a Funjope e demais secretarias, com apoio do Governo do Estado, têm trabalhado para garantir a segurança em seus eventos. Foi assim durante todos os dias da Folia de Rua e segue no Carnaval Tradição.
A parceria envolve diversos órgãos de segurança como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Municipal, Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), garantindo tranquilidade para quem vai assistir aos desfiles.
Público – Muita gente saiu de casa especialmente para ver as apresentações do Carnaval Tradição de João Pessoa. A funcionária pública Sara Silva afirmou que estava acompanhando pela primeira vez os desfiles. “Estou encantada com tudo isso. O ritmo, as danças, a forma como se vestem, a criatividade. Estou amando”, declarou.
A catadora Juliana Nóbrega também afirmou que o Carnaval tem uma magia toda especial. “Todo ano eu venho catar latinhas e, enquanto trabalho, aproveito para olhar um pouquinho das apresentações. Eu acho tudo muito lindo. É a nossa cultura”, comentou.
A aposentada Maria José de Sousa foi com a filha e a neta. “Chegamos cedo para ficar em um lugar bom, que dê para assistir tudo direitinho. Nós gostamos muito de ver os índios”, disse. Para a dona de casa Salete Fernandes, todos os dias são interessantes, mas o principal é quando as a la ursas se apresentam. “Eu vou confessar que tenho um pouco de medo, mas também gosto de ver. Na segunda-feira estarei aqui para acompanhar”, prometeu.
Para o comerciante que se identificou como Biu do Sorvete, as festas de rua, a exemplo do Carnaval Tradição, são sempre uma oportunidade de diversão, mas também de ganhar um dinheiro extra. “Eu vendo sorvete há muito tempo e todo ano estou aqui. As pessoas compram muito por causa desse calor, principalmente a criançada. O evento está muito bonito e eu faço questão de apreciar a nossa cultura também”, observou.
Programação – domingo (11) – 17h
Quilombo Nagô – participação especial;
Competição clubes de frevo e tribos indígenas
Clube de Frevo São Rafael Frevo e Folia, da comunidade São Rafael;
Tribo Indígena Tupi Guarani, de Mandacaru;
Clube de Frevo Gigantes do Frevo, da Torre;
Tribo Indígena Africanos, do Cristo;
Clube do Frevo Piratas de Jaguaribe, de Jaguaribe;
Tribo Indígena Ubirajara, do Rangel.
Competição escolas de samba
Acadêmico do Ritmo, do bairro da Torre;
Independente de Mandacaru;
Escola de Samba Pavão de Ouro, do bairro São José;
Malandros do Morro, da Torre;
Império do Samba, do Roger;
Escola de Samba Unidos do Roger, do bairro do Roger.
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