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Na TV, Montenegro e Timberg serão gays

 Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg voltarão às novelas no início do ano que vem em ‘Três mulheres’, título provisório da trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares para às 21h. Elas viverão um casal gay que, depois de muitos anos de união, decidirá se casar. “Ainda não li a sinopse, mas estou animada”, diz Fernanda, de 84 anos. “Eu e Nathalia já estamos juntas nessa estrada há pelo menos 60 anos que estamos praticamente casadas, já formamos uma família”.

A novela terá três protagonistas: a mocinha, Camila Pitanga, um tipo bem popular, e as duas vilãs, vividas por Glória Pires e Deborah Evelyn. O elenco, ainda em formação, contará com Thiago Fragoso, Thiago Martins e Gabriel Braga Nunes.

A partir do dia 7, o Viva vai reprisar Dancin’Days, um dos clássicos de Gilberto. “Foi minha primeira novela das oito. Tem coisas autobiográficas, tem um pouco da história da minha mãe. E a trama se passa em Copacabana onde vivi adolescência e juventude”, diz Gilberto. Ele conta que, apesar do estrondoso sucesso, a novela não é das suas preferidas. “Escrevi sozinho e, como sou muito critico, achava que estava ruim. Todo mundo elogiava na época, mas eu tinha vergonha do que estava vendo”. A coluna bateu um papo com o autor, que lembrou a época da lendária trama.

Como está sendo reviver ‘Dancin’ Days’?

Foi minha primeira novela das oito. Tem coisas autobiográficas, tem um pouco da historia da minha mãe, historia de vida, não temperamento. Da minha mãe feita pela Yara Amaral. O papel do Fagundes tem algumas coisas da minha vida. E a novela se passa em Copacabana com a turma da Miguel Lemos, que é onde vivi adolescência e juventude. Então, é uma novela bastante autobiográfica.

Você tinha vergonha da novela e não achava a trama boa?

Escrevi sozinho e, como sou muito critico, achava que estava ruim. Eu achava que a novela só era boa até o capitulo 60, 70. E que daí em diante era uma embromação porque eu escrevia correndo, com medo de atrasar. Realmente achava fraca. Aliás, acho até hoje. Você pega um capitulo de ‘Dancin Days’, ele é muito inferior a um capitulo 100 de ‘Vale Tudo’ ou, principalmente, das últimas. Todo mundo elogiava na época, mas eu tinha vergonha do que estava vendo.

Qual o segredo de uma boa trama?

Nunca aprendi como fazer uma novela. Mas, aos poucos, fui aprendendo o que não vai dar certo. Acredito, por exemplo, que hoje, se eu tivesse a ideia que eu tive para fazer ‘Dancin’ Days’, a história de uma ex-presidiária, acho que na memória eu ia dizer ‘não, não vou fazer não porque não vão gostar de uma ex-presidiária’. Ou seja: eu não sei por qual caminho ir, mas sei por qual não devo ir, porque não vou me dar bem. Isso dificulta demais. Sou maluco, todo escritor é meio maluco.

Época

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