A sequência de *O Auto da Compadecida*, intitulada *O Auto da Compadecida 2*, estreia nesta quarta-feira (25) nos cinemas, trazendo de volta os carismáticos João Grilo e Chicó. O longa mantém o humor e a essência do filme original, mas aposta em uma narrativa segura, sem inovações significativas, o que pode gerar uma sensação de déjà vu para os espectadores.
Dirigido por Flávia Lacerda e Guel Arraes, o filme se passa décadas após os eventos do primeiro. João Grilo (Matheus Nachtergaele), dado como desaparecido, retorna a Taperoá e se reencontra com Chicó (Selton Mello), agora poeta, que vive recontando as aventuras do amigo. Juntos, eles se envolvem em disputas políticas locais e usam sua esperteza para enfrentar os desafios.
O elenco conta com Taís Araújo como a nova Compadecida, substituindo Fernanda Montenegro, além de Humberto Martins, Eduardo Sterblitch, Fabíula Nascimento e Luiz Miranda. Apesar da química entre Nachtergaele e Mello, a história recorre a elementos do primeiro filme, o que pode parecer repetitivo para quem espera algo mais inovador.
A performance de Nachtergaele como João Grilo continua encantadora, enquanto Mello traz seu toque cômico habitual a Chicó. Os coadjuvantes também se destacam, com Luiz Miranda arrancando risadas como Antônio do Amor e Eduardo Sterblitch se saindo bem como o comerciante Arlindo. Taís Araújo faz uma Compadecida doce e carismática, justificando a mudança de atriz de forma respeitosa e natural.
A trilha sonora, com artistas como Maria Bethânia e Chico César, reforça o tom regional da obra, mas a direção falha ao não explorar mais a linguagem cinematográfica, o que mantém o filme preso à fórmula do original.