Cuidando dos rebanhos de Jetro, seu sogro, nos campos de Horebe, ou Sinai no Egito. Moisés ouviu voz de comando e orientação para um novo reto em sua vida que partia de um elemento raro, uma sarça. Espantou-se, tremeu todo seu ser, porém, esse guerreiro tinha um coração saudável e uma mente brilhante. Depois de ouvir a mensagem do Deus altíssimo o comissionando a uma tarefa que transpunha toda sua capacidade física e emocional, Moisés sai em direção ao cumprimento da missão.
A história tem sido contada e recontada durante gerações, Moisés é banhado de êxito em tudo que faz sob a direção do Deus de Israel, contudo, Moisés não havia dado conta de que Deus quando elege alguém, exige 100% de obediência. Lá em I Samuel 15, há um relato que envolve o Rei Saul e a batalha contra os amalequitas, onde Saul desobedeceu abruptamente, e Deus através do profeta Samuel, declara a Saul, que prefere 100% de obediência e zero de sacrifício. Pois é, Moisés anos antes veio a sofrer na própria carne o resultado dessa preferência do Altíssimo que o impediu de entrar na terra prometida.
No início da formação do caráter e princípios do povo judeu, Deus não dispensou um aparente pequeno desvio de Moisés, que muitas vezes é visto por leitores e comentaristas bíblicos como algo que não deveria ter tido tamanho juízo, porém, assim é como atua o Deus soberano dos Céus e da terra e não pede satisfação. Tinha Moisés naquele momento uma única função, que seria falar a rocha e não golpeá-la com fúria, deixando transparecer que o controle estava em suas mãos e não nas de Deus. Deus não divide a sua glória com nenhum mortal.
Quase no fim de sua jornada em levar o povo a entrar na terra prometida, Deus fez uma parada e deu baixa na carteira de trabalho de Moisés. O levou ao pico do monte Nebo, o fez ver a terra prometida de longe, usando um binóculo especial, porém, não teve o direito de entrar na mesma, Deuteronômio 34. O lindo e especial de tudo isso, é que Moisés não resistiu ao comando de Deus e só obedeceu. Não tentou atuar por decisão própria nem ofereceu resistência. Na verdade, Moisés era um homem manso. Foi uma situação dura e difícil para o comandante Moisés, porém, ele decidiu ser prudente.
Moisés na verdade não entrou na terra prometida naquele dia, porém, pisou e caminhou na mesma de um modo glorioso e em vitória. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, faz menção a esse fantástico acontecimento, chamado de transfiguração. Moisés que foi proibido lá atrás de entrar na terra prometida, agora, aparece de um modo glorioso ao lado do próprio Cristo, tendo o profeta Elias também presente, e mais três testemunhas oculares daquele feito; Pedro, Tiago e João. Na verdade, aqui fica comprovado em 100%, que obediência é melhor que sacrifício.
Nesse relato da transfiguração tem algo intrigante para os incrédulos ou buscadores do ocultismo, Marcos 9. Alguém me perguntou: “se vocês dizem que Deus proíbe invocar mortos, como ele invocou a presença do defunto Moisés? É bom que saibas que a proibição está dirigida aos humanos, não ao Eterno”. Ele é o Deus criador e a própria ressurreição. Ele é Deus de vivos e não de mortos e invocará a presença de alguém esteja essa pessoa de um lado ou do outro.
Ao ler esse texto, que ao menos uma frase fique em sua mente e desça ao seu coração: É melhor obedecer que sacrificar!
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro
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