Música e Literatura. No mês em que a música nordestina perdeu o cantor e compositor Antônio Barros, duas expressões culturais ganham força ao se tornarem patrimônios culturais da Paraíba.
Esta semana, dois dias após a morte de Antônio Barros, a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou um Projeto de Lei que reconhece a obra do cantor e compositor Biliu de Campina como Patrimônio Cultural do Estado.
Nascido Severino Xavier de Souza, Biliu adotou o nome da cidade onde nasceu em seu nome artístico, se transformando em Biliu de Campina. Ele iniciou a carreira musical em 1978 como compositor e ficou conhecido pelas letras bem-humoradas, crítica social afiada e defesa ferrenha das raízes do autêntico forró nordestino. .

Autor de canções descontraídas, ele lançou três discos independentes: Tributo a Jackson e Rosil; Forró O Ano Inteiro e Matéria Paga, e dois CDs: Do Jeito Que O Diabo Gosta e Forrobodologia.
Biliu, que se auto intitulava como o maior carrego de Campina Grande, faleceu em julho de 2024.
Literatura de Cordel
A literatura de cordel também foi oficialmente reconhecida como patrimônio cultural imaterial da Paraíba. A lei que concede esse título foi sancionada e publicada esta semana no Diário Oficial do Estado (DOE), reforçando a importância dessa expressão cultural popular para a identidade paraibana.

Os cordéis são caracterizados por versos rimados, organizados em pequenos livretos, frequentemente ilustrados com xilogravuras. Tradicionalmente, essas obras retratam vivências sociais e coletivas, oferecendo um olhar poético sobre a realidade do povo nordestino e suas experiências, sejam elas reais ou imaginadas.
O reconhecimento estadual se soma ao título de patrimônio cultural imaterial brasileiro, concedido à literatura de cordel em setembro de 2018 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Severino Lopes
PB Agora