A Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG), através da Secretaria de Planejamento (Seplan), está patrocinando a reedição, revisada e redesenhada, do livro “A feira de Campina Grande”, lançado em 2007, e a nova obra “Cores da Feira”, ambos produzidos pelo fotógrafo Roberto Coura.
O evento de lançamento dos livros, que faz parte das comemorações pelos 150 anos de emancipação política de Campina Grande, acontece nesta quinta-feira (18), às 20hs, no Museu de Arte Popular da Paraíba, conhecido também como de Museu dos Três Pandeiros, às margens do Açude Velho.
“A feira de Campina Grande” é um ensaio fotográfico realizado e premiado em 1978, todo em preto e branco, da feira livre campinense, reduto tradicional de comerciantes, vendedores ambulantes, cantadores, poetas e demais figuras populares. Já “Cores da Feira”, como o próprio nome indica, é todo produzido com fotos coloridas feitas neste ano de 2014.
Comparando as duas obras, é possível perceber as mudanças na feira central, o que revela também o processo de urbanização e desenvolvimento de Campina Grande, mas, sobretudo, a vitalidade da feira e de sua gente. O lançamento dos livros se torna ainda mais relevante, pois a feira está passando por um amplo processo de requalificação, promovido pela PMCG, cujas obras começam nesta quarta-feira (17).
Inclusive, Coura fará também o registro fotográfico das obras de requalificação para lançar um novo livro, fechando assim uma trilogia sobre a Feira Central de Campina Grande, quando da conclusão das obras. O secretário de Planejamento, Márcio Caniello, que escreve a apresentação dos dois livros, falou sobre a importância das obras para a história de Campina.
“As obras de Roberto Coura são ensaios fotográficos belíssimos e captam a realidade da Feira Central num lapso temporal de 36 anos, revelando mudanças e permanências. Sua publicação, por si só, já seria uma grande homenagem à Campina sesquicentenária. Contudo, estamos promovendo uma grande transformação na feira com o projeto de requalificação e, assim, estes registros são fundamentais para a preservação da memória coletiva do maior patrimônio histórico-cultural do povo de Campina”, afirmou o gestor.
Já Roberto Coura destacou a importância afetiva dos livros para o povo de Campina Grande. “A feira é um universo no qual a cultura nordestina transborda. É necessário que preservemos a memória deste local, para que as pessoas possam ter acesso a um documento histórico sobre o que é parte integrante da formação da cidade”, explicou o fotógrafo.
Roberto Coura nasceu em Campina Grande, em 1954. Na infância, a sua diversão preferida era desenhar e pintar. Aos 13 anos, ingressou na Escolinha de Artes do professor Jorge Miranda. Aos 15 anos, passou a frequentar o Museu de Arte Assis Chateaubriand. Em seguida, descobriu a fotografia em 1972, direcionando seu trabalho para uma visão sócio-antropológica da captura de imagens. É graduado em Desenho Industrial e professor aposentado pelo Departamento de Arquitetura da Universidade Federal da Paraíba.
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