Em postagem em seu facebook, o coordenador e Comunicação da Prefeitura Municipal de Campina Grande, jornalista marcos Alfredo rebate criticas sobre a programação do evento. Para ele, incorre em equivoco que pensar que o são João de Campina se resume, apenas, às exibições do palco principal. Ele fez comparativos com outros eventos importantes que, por sua relevância, funcionam como uma indústria de turismo, um capital até certo ponto intangível para que vislumbram, tão somente, entretenimento. Veja a seguir a opinião posta do jornalista:
“Cai em grande equívoco quem achar que o título de Maior São João do Mundo, ostentado com orgulho por Campina Grande há 32 anos, se mantém por conta de programação no palco principal do Parque do Povo.
É uma leitura muito aquém sobre o real valor de uma iniciativa que, há muitos anos, saiu do status de festa para se transformar numa grande indústria do turismo de eventos.
Seria o equivalente a imaginar que o carnaval do Rio de Janeiro se projetou internacionalmente porque, nas escolas de samba, a grande atração dos desfiles na cidade maravilhosa, grandes atrações participavam e justificavam o sucesso da festa. Nem de longe. Muito pelo contrário. Assim como já acontece com o São João de Campina há anos, o evento é uma grande vitrine a atrair celebridades, artistas e afins.
A grandeza do São João de Campina Grande vem da força de suas raízes culturais e das múltiplas manifestações e eventos que marcam sua realização ao longo de 30 dias, além da programação artística do palco principal do Parque do Povo. Ele se agiganta com as exibições das quadrilhas juninas; nos shows autênticos dos trios de forró nas “ilhas” do PP; no conteúdo agregado dos parceiros como o Sesi e o Sebrae; nas parcerias dos veículos de comunicação da cidade; na grade das casas de shows, com alternativas para todos os públicos; nas viagens lúdicas do trem forroviário; na ornamentação dos estabelecimentos comerciais; no envolvimento de colégios, faculdades e das redes públicas de ensino municipal e estadual; nas promoções nos distritos e zona rural; na geração de milhares de empregos na cadeia produtiva junina; na superlotação dos hotéis, pousadas e da hospedagem alternativa.
Campina Grande, este ano especificamente, volta a realizar o Maior São João do Mundo, para desgosto de grupelhos que torcem contra a cidade. Com um layout renovado, fortalecimento de nossas tradições e a decisão acertada de “desinstitucionalizar” a festa e transformá-la num patrimônio de toda a cidade, a Prefeitura realiza um São João com os “pés no chão”, espeitando o dinheiro público e zelando pelo aspecto profissional na formatação do evento.
É o desafio de se fazer o mais com o menos, sem se perder a essência e garantindo a sobrevivência do evento em meio a uma grave crise econômica, uma crise hídrica muito grave e uma sensação de insegurança pública sem precedentes. É o São João da superação. E Campina Grande, mais uma vez, está provando para o Brasil e o mundo o seu valor.
Foto: Xico Morais
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