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Varal Poético da Estação Cabo Branco apresenta Dôra Limeira

 A escritora Dôra Limeira será atração do Varal Poético, que acontece excepcionalmente nesta quarta-feira (29), 19h, no segundo pavimento da Torre Mirante da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. A entrada para o Varal é gratuita. O evento terá como tema “Varal Dôra Limeira” e contará com a presença dos alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Nicodemos Neves e Colégio Lyceu Paraibano.

 

Para quem ainda não conhece, Maria das Dores Limeira Ferreira dos Santos, nasceu no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa. Historiadora aposentada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), professora militante, atuou em movimentos docentes, presidindo a Associação do Magistério Público do Estado da Paraíba (Ampep) e participando do movimento de criação da Associação dos Docentes da UFPB (ADUFPB).

 

Ingressou no movimento literário no início da década 1990. Com o advento das novas tecnológicas não reconheceu limites para a sua criação. Com quatro publicações autorais em sua trajetória literária, a escritora participou da coletânea “Todas as Estações”, publicada a partir do concurso Talentos da Maturidade, realizado em 2002 pelo Banco Real. Em 2003 foi eleita Revelação Literária pelos leitores do suplemento cultural Correio das Artes.

 

Varal Poético – É um projeto do programa Estação Poética. Acontece sempre na última terça-feira do mês. O projeto homenageia um poeta, músico ou grande contribuidor para a cultura popular. A proposta é incentivar as várias interpretações da palavra em um clima de confraternização. Cada pessoa se dirige ao varal, escolhe a poesia que mais lhe agrada e declama segundo a sua interpretação.

 

Confira abaixo alguns contos de Dôra Limeira:

 

O Beijo de Deus – Neste ataúde hídrico, repouso meu corpo, e descanso dos maus pensamentos. Aqui deitada, guardo-me em silêncio. Depois que morri, sou mais bonita, o rosto mais delgado. Meus lábios bem feitos esperam os beijos de Deus. Se Deus beijar minha boca, estarei imune a vermes. Ninguém saberá de mim, na paz deste descanso. Do livro O Beijo.

 

Acossado – Em meio ao clamor solitário, dedilhou a lira de seu espasmo e escondeu-se dentro de si. De nada adiantou. Bombas inteligentes e mísseis de precisão explodiram-lhe por dentro, exatos no coração. Contraiu-se, retorceu-se e rodopiou. Seu mundo girou, girou, girou e voltou ao ponto de partida: caos.

 

PMJP

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