Zefirina Bomba, Digital Groove e DJ Spencer fazem show na Capital

Festa também marca abertura da exposição “Coisas de Tecido”, de Janaína Castoldi

A festa de lançamento do Fanzine #Carona, produzido em parceria entre o Coletivo Mundo e o Coletivo Comjunto, vai levar ao Espaço Mundo neste sábado (29), shows das bandas Zefirina Bomba e Digital Groove (PE), e mais discotecagem do DJ Spencer. Os shows começam às 24h e a entrada custa R$ 5. O evento também marca a abertura da exposição “Coisas de Tecido”, de Janaína Castoldi

O #Carona surgiu do desejo dos dois Coletivos de garantirem publicações que registrem e divulguem o que tem sido feito na cena independente de João Pessoa, criando assim mais um espaço de comunicação alternativa. Um canal de divulgação dos feitos dessa galera que produz do bom e do melhor, e de enxurrada de ideias e opiniões que podem garantir consideráveis reflexões e atitudes.

Shows

Zefirina Bomba

Se Paulo Leminsk já falava que “distraídos venceremos”, o sucesso de Zefirina Bomba é a prova empírica da observação do poeta. Na estrada há oito anos, a inusitada banda de rock que traz uma viola no lugar na guitarra, caiu fácil no gosto do público do país inteiro antes mesmo de completar um ano de vida. Talvez o segredo esteja na forma espontânea com que o trio toca seu trabalho tendo como mote a pura inspiração do que parece fluir da essência e talento dos integrantes.

O grupo surgiu na capital paraibana em 2003 e logo recebeu convite para tentar a vida em São Paulo. Assim, a banda deslanchou e em 2006 gravou o primeiro CD intitulado “Noisecoregroovecocoenvenenado”, com a gravadora Trama, que rendeu quase 300 shows por todo o país em três anos, incluindo João Pessoa nesse circuito ao menos duas vezes a cada ano.

Um movimento contrário. Uma negação de tudo que acham que eles podem fazer. Eis a definição dada pelo vocalista Ilson Barros para o segundo CD da banda “Nós só precisamos de 20 minutos para rachar sua cabeça”, lançado em março do ano passado.

E o som? Como material da própria banda diz “Bomba revoltada, enterra o coco, desconstrói o groove e parte para o grito em meio a um noise pertinente, instigante e rodeado de Hardcore”. No palco, fazem uma espécie de hardcore alternativo, passam pelo punk, a surf music, o coco, num balaio de som que no final das contas é puro Rock.

Digital Groove

O Digital Groove é um projeto coletivo- experimental pernambucano iniciado em 1997. Criada por Felipe Falcão (produtor musical) e Zezão Nóbrega (produtor musical e designer gráfico), com participações de Zé Neguinho do Coco, Zé Brown (vocalista do Faces do Subúrbio), Perna (baterista do Faces do Subúrbio) e Beto Kaiser (guitarra), , tem como proposta a mistura sonora inteligente.

Com 10 anos de estrada, o DG desenvolve um trabalho de pesquisa de ritmos regionais e os insere no universo da música eletrônica. O resultado é um espetáculo em que computadores trabalham simultaneamente gerando samplers e teclados, contando ainda com a participação de artistas convidados para colocar sua voz ao vivo em cima das bases eletroacústicas.

A noite continua sem hora para acabar com discotecagem do DJ Spencer.

Exposição ‘Coisas de Tecido’

Formada em Artes Vistuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Janaina Castoldi abre na mesma noite a exposição ‘Coisas de Tecido’. Os trabalhos são resultados da pesquisa desenvolvida inicialmente em torno de composições no plano, referenciadas na pintura, onde as camadas de cor são feitas de camadas de tecido sobrepostos, e as profundidades, as sobreposições, os vazios e os deslocamentos são feitos com os tecidos, e não com simulações de perspectivas ou sombreados.

“Os tecidos, utilizados em sua ampla variedade de texturas, cores e estampas, evidenciam a disponibilidade de itens de consumo no mercado, que exploro junto à idéia de reaproveitamento, reciclagem de materiais, quando uso também retalhos. Uma questão social também aparece, na mistura que faço de tecidos muito simples com outros mais nobres, no mesmo trabalho”, explica Janaina.

Ela comenta que vai ser uma experiência única sair do circuito institucional/acadêmico e misturar os trabalhos com todas as coisas que acontecem no Espaço Mundo. A exposição fica aberta até 02 de março.

Assessoria