O 13º salário deve injetar cerca de R$ 2,4 bilhões na economia da Paraíba até o final de 2020. Conforme estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgada nesta quarta-feira (11), o valor corresponde a quase 1,1% do total do Brasil e é equivalente a 7,23% do dinheiro que deve ser injetado no Nordeste neste final de ano. O economista Francisco José de Barros avalia a injeção desses valores na economia.
Ainda de acordo com o Dieese, mais de 1,2 milhão de pessoas que moram na Paraíba devem receber 13º salário, sendo 664 mil trabalhos do mercado formal (51,5%) e 626 mil de aposentados e pensionistas (48,5%). O emprego doméstico com carteira assinada participa com 1,3%, com 17 mil empregados.
Em relação aos valores que cada segmento receberá, nota-se a seguinte distribuição: os empregados formalizados ficam com 62% (R$ 1,5 bilhão) e os beneficiários do INSS, com 28,6% (R$ 686,4 milhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado caberão 7,3% (R$ 176 milhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 2% (R$ 49 milhões).
Segundo o economista Francisco José de Barros: “Esses R$ 215 bilhões que deve ser injetado na economia brasileira tem um impacto importante, o próprio Dieese estima que representa 2,7% no Produto Interno Bruto e com dinheiro na economia, as pessoas naturalmente procuram consumir e ao consumir mais produtos são demandados, o comércio é aquecido e demanda mais produtos da indústria. Isso proporciona um círculo virtuoso da economia, podendo gerar mais emprego e renda, o que é bem importante, principalmente, numa época de pandemia em que o desemprego é alto”.
Redação