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Açude Epitácio Pessoa ainda está abaixo da capacidade

Chove em toda PB, mas açude Epitácio Pessoa em Boqueirão ainda está abaixo da capacidade

Nas últimas 72h a Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA), registrou chuvas em toda a Paraíba. Em João Pessoa por exemplo, choveu cerca de 110 mm entre a sexta-feira (26) e a manhã desta segunda-feira (29), quase metade dos 259 mm que foram registrados durante todo o mês de abril. Em vários municípios do Estado continua chovendo. Campina Grande por exemplo, na Serra da Borborema, amanheceu chovendo nesta terça-feira.

 Só que por enquanto, a chuva que cai na Paraíba ainda não tem levado água para o açude Epitácio Pessoa em Boqueirão. Os dois rios que desaguam no manancial, o rio Taperoá e o rio Paraíba, continuam seco. Boqueirão, segundo último levantamento do Dnocs, amanheceu hoje com 213,416,710 milhões de metros cúbicos, o que representa 51,8% de sua capacidade que é de 411,686,287 milhões de metros cúbicos. A perspectiva é que nos próximos dias, caso a chuva continue, o açude ganhe um novo aporte hídrico, evitando assim, o risco de colapso no sistema de abastecimento. 

Construído há mais de 50 anos pelo Dnocs para matar a sede das populações de Campina Grande e mais 19 municípios do Compartimento da Borborema, o açude Epitácio Pessoa em Boqueirão, poderá ganhar um novo aporte hídrico nas próximas horas.
De acordo com o engenheiro da AESA Isnaldo Cândido Boqueirão está perdendo 1,5 centímetros de água por dia, sendo que em dias quentes, chega a perder até 2 centímetros. O manancial é a principal fonte de abastecimento de 1 milhão de paraibanos, e o risco de colapso no sistema de abastecimento já preocupa.

O reservatório construído pelo Dnocs possui capacidade de 411 milhões de metros cúbicos de água, estando atualmente com menos de 51% de seu volume, segundo a AESA. Desde que entrou em funcionamento, em 1956, até os dias atuais, o Açude de Boqueirão perdeu 23,2% da sua capacidade de acúmulo de água.

Conforme informações repassadas pelo engenheiro chefe do serviço técnico do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), Francisco Mariano da Silva, o Açude de Boqueirão foi projetado para acumular 536 milhões de metros cúbicos de água, mas, atualmente, o volume máximo chega a 411.686.287 metros cúbicos, uma diferença de 124.313.713 metros cúbicos de água, quantidade suficiente para abastecer uma cidade com 200 mil habitantes durante um ano.

PBAgora

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