Categorias: Economia

Bolsas da Europa caem, com mercado à espera de definições no Chipre

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Os principais índices acionários da Europa registram queda nesta terça-feira (19), com o mercado à espera de definições sobre a nova taxa de imposto que o governo do Chipre pretende adotar para poder receber ajuda financeira do BCE e do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Às 11h50 (horário de Brasília), o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, caía 0,29%, para 7.987 pontos. Em Milão, o FTSE-Mib tinha baixa de 0,43% no mesmo horário, para 15.855 pontos.

Na França, o CAC de Paris registrava perda de 0,51%, aos 3.805 pontos, enquanto o espanhol IBEX35 tinha queda de 0,92%, para 8.428 pontos.
 Na Inglaterra, porém, o principal índice de ações da Bolsa de Londres, o FTSE100, mostrava ligeiro ganho de 0,11% às 11h52, aos 6.467 pontos. Os mercados na Europa fecham em torno de 13h30 (horário de Brasília).

O Parlamento do Chipre vota hoje a adoção de um plano para impor uma taxa sobre os depósitos bancários no país do mar Mediterrâneo, o quinto a receber um resgate do BCE e do FMI desde o início da crise.

Os credores internacionais exigiram a aplicação da taxa para conceder o empréstimo de € 10 bilhões (R$ 26 bilhões) aprovado no sábado (16). O anúncio, que foi inédito entre os países que pediram ajuda a União Europeia, preocupou os mercados e empurra para baixo as Bolsas mundiais.

Um documento obtido pela Reuters revela que o governo deve amenizar as regras do plano, isentando da nova taxa as contas com menos de € 20 mil. Já para aquelas com valores acima de € 100 mil, o imposto cobrado pelos depósitos seria de 6,75%. Contas com mais de € 100 mil seriam taxadas em 9,9%.

Contudo, o Chipre anunciou nesta terça-feira que não conseguirá alcançar a meta de economia exigida pelos credores internacionais se não taxar os pequenos poupadores. A taxação das poupanças foi anunciada como a solução para honrar os compromissos com o BCE e o FMI.

O anúncio do imposto provocou uma corrida aos bancos para sacar os depósitos sujeitos ao tributo. Devido à preocupação com a retirada em massa, o governo local decretou feriado bancário até quinta (21). Além dos bancos, a bolsa de valores local não opera durante esses dias.

 

Folha de São Paulo 

 

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