O Banco Central informou nesta quinta-feira (10) que a entrada de dólares no país somou US$ 7,419 bilhões no Brasil em fevereiro deste ano. Em janeiro, US$ 15,5 bilhões haviam entrado no país. Na primeira semana de março, até o dia 4, o ingresso líquido de dólares já chega a US$ 1,424 bilhão.
Já no acumulado do ano até o dia 4 de março, o ingresso de dólares soma US$ 24,356 bilhões. Esse valor é superior à entrada registrada em todo o ano de 2010, de US$ 24,3 bilhões.
O fluxo financeiro – que contabiliza investimentos, remessas de lucros, empréstimos, entre outros itens que não fazem parte da balança comercial – apresentou em fevereiro saldo positivo de US$ 7,918 bilhões, resultado de entradas de US$ 32,125 bilhões e saídas de US$ 24,208 bilhões. O fluxo comercial, por outro lado, fechou o mês passado negativo em US$ 498 milhões, com exportações de US$ 14,670 bilhões e importações de US$ 15,169 bilhões. Em fevereiro do ano passado, que teve 18 dias úteis, o fluxo cambial foi negativo em US$ 399 milhões.
Medidas já anunciadas
O fluxo de dólares segue alto apesar das medidas tomadas pelo governo para tentar contê-lo, e evitar uma queda maior do dólar, fator que diminui a competitividade das empresas brasileiras. Em outubro do ano passado, o governo aumentou o IOF para aplicações de estrangeiros em renda fixa de 2% para 6%, além da elevação do tributo sobre a margem de operações no mercado futuro.
Mais recentemente, o BC tomou medidas para baixar a posição vendida dos bancos e voltou a ofertar, depois de um ano e meio, contratos de "swap cambial reverso" – que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro. Além disso, a instituição também anunciou recentemente que vai realizar leilões de dólar no mercado a termo.
Guerra cambial
O ingresso de recursos no Brasil acontece em meio à chamada "guerra cambial", que é o esforço de alguns países para desvalorizar suas moedas e gerar melhores condições de competitividade para suas empresas. A entrada de dólares no Brasil, porém, gera efeito contrário, valorizando o real e tornando as exportações mais caras.
Ao mesmo tempo em que a China mantém a sua moeda (yuan) artificialmente desvalorizada, o Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve) anunciou, no início de novembro, a intenção de adquirir mais US$ 600 bilhões em títulos públicos até a metade deste ano, no chamado "quantitative easing", o equivalente a US$ 75 bilhões por mês até março de 2011.
Isso significa que estes valores estão retornando para o mercado financeiro. Há o temor de que os detentores destes recursos possam buscar remunerações mais atrativas para seu investimento, e o Brasil, que passa por um momento de forte expansão econômica combinada com juros reais em torno de 5,5% ao ano – os mais elevados do planeta – poderia ser um dos principais destinos destes valores.
Agencia Estado
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