O sonho da casa própria. O déficit habitacional no Brasil ainda é alto. A Caixa Econômica Federal tem procurado reduzir esses índices e garantir moradora digna para os brasileiros. Para isso, o banco estatal anunciou ontem, quarta-feira (10/04), o resultado da seleção de 112 mil moradias do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) nas modalidades Rural e Entidades no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
O investimento previsto de R$ 11,6 bilhões vai atender mais de 440 mil pessoas em áreas rurais e urbanas. Após o anúncio, o presidente da Caixa, o economista Carlos Vieira, falou rapidamente com O PB Agora, e destacou a importância do programa que tem melhorado a vida de muitos brasileiros e realizado o sonho da casa própria.
As unidades habitacionais serão distribuídas em 75 mil moradias para a modalidade Rural e 37 mil para a Entidades. As propostas superaram em mais de 140% a meta inicial. As habitações vão beneficiar quilombolas e povos indígenas, famílias organizadas pelos movimentos de luta por moradia, com prioridade para grupos mais vulneráveis, como mulheres chefes de família, famílias de áreas de risco, entre outros.
O anúncio contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro das Cidades, Jader Filho, o Vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo, o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, o presidente da CAIXA, Carlos Vieira, e demais autoridades.
O presidente Lula falou da importância da retomada do programa MCMV e da participação das entidades na construção de moradias dignas. “Nós estamos há catorze meses no governo. Nós tratamos a terra, adubamos a terra, capinamos a terra, colocamos semente, jogamos adubo e água e agora, esse 2024, é o ano da nossa colheita. Vocês estão fazendo a primeira colheita, do primeiro grande lançamento do Minha Casa, Minha Vida, porque a primeira fase foi reconstruir casa que estava abandona desde 2013”, ressaltou.
O presidente da CAIXA, Carlos Vieira, salientou o compromisso da CAIXA nas entregas previstas.
“O papel da CAIXA é um papel de executor das políticas de governo e, neste caso específico, as originadas do Ministério das Cidades. Para nós que fazemos a CAIXA, é uma satisfação imensa poder ver se concretizar a realidade de milhões e milhões de brasileiros que desejam, de uma forma objetiva, ter acesso a moradia digna e de qualidade”, afirmou.
Desde 2009, o MCMV Rural contratou mais de 212 mil moradias e entregou mais de 188 mil unidades em todo Brasil. Em 2023, foram repassadas mais de 2,3 mil moradias e autorizadas as retomadas de mais de 800 habitações. O programa é operado com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), por meio da concessão de subsídios às famílias beneficiadas.
Já o MCMV Entidades contratou desde 2009 mais de 73,2 mil moradias e entregou mais de 32,2 mil unidades habitacionais. No ano passado, foram entregues mais de 3,9 mil habitações e autorizadas as retomadas de mais de 3,3 mil moradias. O programa tem por finalidade a concessão de financiamento subsidiado a famílias organizadas por meio de entidades privadas sem fins lucrativos para produção de unidades habitacionais urbanas, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).
O MCMV foi retomado pelo Governo Federal, sob a gestão do Ministério das Cidades, no dia 14 de fevereiro de 2023 e aprovado pelo Congresso Nacional em 13 de junho. O maior programa de habitação do Brasil tem como meta contratar dois milhões de novas unidades até 2026.
Redação