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Carro popular mais barato pode aquecer mercado, mas impacto preocupa o setor

O Governo Federal anunciou várias medidas para baratear o preço dos carros populares zero km no Brasil, no último dia (25.05), mas o mercado de seminovos também deve se beneficiar com essa redução. Quem avalia essas medidas é o presidente do Sindicato do Comércio de Revendedores de Veículos do Estado da Paraíba (Sinvep-PB), Fábio Santana, onde destaca que os valores serão reduzidos gradativamente, em poucos meses, a partir da vigência do incentivo fiscal.

Ainda segundo Fábio, em alguns dias, o Ministério da Fazenda deve divulgar quais serão os termos da edição de um decreto para redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e de uma medida provisória para diminuição do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins). A previsão é que os descontos sobre os automóveis de até R$ 120 mil variem de 1,5% a 10,96%, a partir de condicionantes como preço, eficiência energética (menor emissão de gás carbônico e gases de efeito estufa) e densidade industrial no país (percentual de fabricação das peças no Brasil).

Fábio Santana, explica ainda que a diminuição dos valores dos veículos novos vai puxar o mercado de seminovos e usados, consequentemente. “Acredito que a redução não será proporcional a esse patamar de até 10%. O mercado é quem vai alinhar essa diminuição de preços. Nós somos completamente a favor dessa movimentação do Governo Federal para incrementar o setor automotivo. Se o carro zero não é vendido, falta produto para comercializarmos futuramente”.

O presidente do Sinvep -PB detalha ainda que o segmento de seminovos terá uma perda financeira sobre o valor agregado do estoque, mas que será compensado pelo aumento de vendas e pela compra de veículos por preços menores. “Por exemplo, se eu comprei um veículo por R$ 60 mil e vou revender por R$ 65 mil, quando houver a redução tributária terei que baixar pra R$ 58 mil para atrair o consumidor. Contudo, vou recompor meu estoque pagando R$ 52 mil, em vez dos R$ 60 mil”.

Da Redação

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