A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (11/12) o relatório do projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. Agora, a matéria segue para a análise do plenário, onde deve ser votada na manhã desta quinta-feira (12).
A votação ocorreu de forma simbólica, com voto contrário em separado dos senadores Izalci Lucas (PL-DF), Eduardo Girão (Novo-CE), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Marcos Rogério (PL-RO), Magno Malta (PL-ES), Eduardo Gomes (PL-TO) e Jorge Seif (PL-SC), todos da oposição.
Antes, a primeira versão do parecer definia que um ato conjunto do Ministério da Fazenda e do Comitê Gestor do IBS, com consultoria do Ministério da Saúde, definiria a lista de isenção. Braga também inclui a isenção para remédios relacionados à linha de cuidado do diabete mellitus.
Outra mudança negociada foi a redução da taxação das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). A alíquota para os tributos unificados passa de 8,5% para 5%. Além disso, nos cinco primeiros anos da SAF, ficarão isentas de tributação as receitas de transferência de direitos esportivos de atletas.
O projeto foi enviado pelo governo e aprovado na Câmara em julho. Desde então, está em análise no Senado e recebeu mais de duas mil emendas. Braga acatou mais de 650 de forma total ou parcial.
Em relação às alíquotas dos combustíveis, o relator acrescentou que a metodologia de cálculo da carga tributária deverá ser aprovada por ato conjunto do Ministério da Fazenda e do Comitê Gestor do IBS.
Imposto seletivo
Além de armas e munições, itens plásticos descartáveis, como copos e canudos, também estavam inicialmente incluídos na taxação do IS, mas Braga disse ter cometido um “erro”. Segundo ele, o setor de plásticos ficou em “pandemônio” com a possibilidade da cobrança extra. Em nova versão do parecer, ele retirou a taxação pelo IS dos descartáveis.
Sobre a “trava” para a alíquota padrão de 26,5% dos novos impostos, o relator incluiu prazo de 90 dias, após a avaliação quinquenal, para o Poder Executivo enviar um projeto para redução da alíquota quando ela ultrapassar o limite.
O parecer aprovado determina ainda uma “alíquota teste” para 2026, sem a necessidade de recolhimento do tributo. A intenção é testar o novo sistema de aplicação da alíquota.
Foto: Pedro França/Agência Senado