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Cesta básica fica mais cara em todas as capitais; JP tem 3ª mais barata

O preço da cesta básica subiu em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em julho, segundo divulgação nesta segunda-feira (5). De acordo com a entidade, houve uma aproximação entre o custo apurado entre as cidades com a cesta mais cara.

O preço mais alto da cesta foi encontrado em Porto Alegre, onde os produtos custaram em média R$ 299,96 e superaram por centavos o valor em São Paulo (R$ 299,39), o maior no mês anterior. Seguiram-se Vitória, (R$ 290,80) Rio de Janeiro (R$ 290,64) e Belo Horizonte (R$ 288,26).

A cesta básica é mais barata nas capitais Aracaju (R$ 208,14), Salvador (R$218,78) e João Pessoa (R$ 233,25).

Na comparação mensal, as maiores altas ocorreram em Belo Horizonte (8,41%), Rio de Janeiro (7,50%) e Porto Alegre (7,03%), enquanto as menores ocorreram em João Pessoa (1,61%) e Manaus (1,95%).

Dos itens pesquisados em todas as capitais, o tomate teve os maiores aumentos, subindo, em julho, em todas as 17 regiões pesquisadas. No Rio de Janeiro, o produto quase dobrou de valor (alta de 99%).

O arroz, outro item importante da cesta, também apresentou alta, subindo em 13 das 17 capitais pesquisadas.

O preço da carne, por outro lado, sofreu queda, apresentando preço menor em 15 das 17 regiões pesquisadas.

SALÁRIO MÍNIMO

O Dieese estima mensalmente o salário mínimo necessário para a compra da cesta, que, em junho, foi correspondente a R$ 2.519,97 (4,05 vezes o salário mínimo atual, de R$ 622,00), valor superior ao de junho (R$ 2.416,38, ou 3,88 vezes)

O cálculo é feito com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em junho de 2011, quando o menor salário do país era R$ 545, o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.297,51, ou 4,22 vezes o mínimo em vigor.

A jornada de trabalho (do assalariado que ganha salário mínimo) necessária para a aquisição da cesta total foi, em julho, de 92 horas e 48 minutos, mais do que no mês anterior, que era de 89 horas e 1 minuto. Em junho de 2011, a jornada exigida era maior (96 horas e 6 minutos).

CUSTO DA CESTA BÁSICA EM JULHO, EM R$:

Natal – R$ 245,17

Salvador – R$ 218,78

Vitória – R$ 290,80

Rio de Janeiro – R$ 290,64

Florianópolis – R$ 266,38

São Paulo – R$ 299,39

Fortaleza – R$ 240,80

Porto Alegre – R$ 299,96

Belém – R$ 259,89

Curitiba – R$ 268,00

Aracaju – R$ 208,14

Belo Horizonte – R$ 288,26

Goiânia – R$ 258,66

João Pessoa – R$ 233,25

Brasília – R$ 275,58

Manaus – R$ 279,06

Recife – R$ 237,66

 


UOL

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