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Coca-Cola vai levar água para 13 mil escolas públicas do Nordeste

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A escassez hídrica e a falta de acesso à água potável são desafios persistentes em diversas regiões do país, afetando o abastecimento doméstico e, consequentemente, a educação. De acordo com dados do Censo Escolar 2020, mais de 13 mil escolas públicas na região Nordeste enfrentam problemas de acesso inadequado à água. Diante desse cenário, o projeto “Escolas de Chuva”, uma iniciativa da Coca-Cola Brasil em parceria com a Cáritas NE2, surge como uma ação voltada para disponibilizar água às escolas que enfrentam esses desafios localmente.

Por meio da construção de cisternas e outros sistemas de captação de água pluvial, as escolas beneficiadas pelo projeto terão acesso à água. O recurso assegurará o abastecimento básico das escolas, incluindo o consumo pelas crianças, e será utilizada também para fins educacionais, como promover o cultivo de hortas escolares, que possibilitará uma alimentação mais segura, saborosa e nutritiva localmente.

A Escola Municipal Inácio Luís de Lima, localizada no Distrito de São José da Mata, Campina Grande, na Paraíba, foi a primeira a receber o projeto. O diretor de Relações Governamentais da Coca-Cola Brasil, Victor Bicca, destaca a relevância do projeto para a empresa e para a comunidade. Segundo ele, para a companhia, a água é um tema prioritário e está relacionado à sustentabilidade do negócio e do planeta.

“Nosso compromisso quando falamos de água não é apenas melhorar a eficiência hídrica de nossas operações, mas também devolver à natureza e à sociedade o equivalente a 100% da água utilizada. Desde 2015, isso já acontece por meio de programas de conservação ambiental, reflorestamento e acesso à água. Em 2021, estabelecemos novos compromissos globais com prazo até 2030, focando em eficiência, proteção de bacias hidrográficas e acesso comunitário a água. Além disso, contribuímos para a implementação de sistemas e soluções de tratamento, distribuição e acesso sustentável à água potável em todo o país por meio do nosso principal programa, o Água + Acesso”, enfatizou Victor Bicca.

Com o programa, segundo o diretor, a Coca-Cola Brasil ampliou o acesso anual à água tratada em mais de 1,6 bilhão de litros, atendendo a mais de 190 mil pessoas em 400 comunidades distribuídas por dez estados brasileiros. Esse volume é suficiente para abastecer uma cidade com 44 mil habitantes ao longo de um ano. Agora, com o ‘Escolas de Chuva’, a empresa dá mais um passo importante para alcançar resultados significativos nas regiões que serão beneficiadas.

Focando no compromisso de atingir a segurança hídrica e dar acesso comunitário à água nas comunidades em que a Coca-Cola Brasil opera, a empresa estabelece parcerias com organizações como a Cáritas e com o poder público municipal. Atores locais que possuem entendimento do contexto e da região, incluindo os desafios e as oportunidades, garantindo assim que os projetos sejam desenvolvidos com consistência metodológica e relevância.

Para que uma escola possa ser contemplada com o projeto, é necessário que atenda a diversos critérios, incluindo local adequado para a construção das cisternas, capacidade de realizar a manutenção das tecnologias e, acima de tudo, o engajamento dos gestores e professores, segundo a Secretária Executiva Regional da Cáritas, Neilda Pereira da Silva. “Esse engajamento deve ser evidenciado por meio da participação ativa em formações e capacitações voltadas para a discussão do tema do abastecimento de água, bem como na capacidade de atuarem como multiplicadores de conhecimento para os alunos e a comunidade escolar”, explica Neilda.

De acordo com a Cáritas, o escopo do projeto envolve ainda a implementação de tecnologias sociais, como cisternas com capacidade de armazenamento de 52.000 litros, destinadas à captação e armazenamento da água da chuva. Além disso, inclui a construção de sistemas de reuso de água, conhecidos como “bioáguas”, e a criação de pomares ou hortas, com o objetivo de transformar a escola em um ambiente sustentável. “A produção resultante dessas iniciativas será utilizada para o consumo interno da escola, servindo como um exemplo educativo para os estudantes e a comunidade escolar, destacando a importância de uma alimentação saudável e o uso consciente dos recursos hídricos”, ressalta Neilda.

O projeto Escolas de Chuva contemplará 15 escolas, sendo 12 localizadas na Paraíba e três em Pernambuco. Até o final do ano, todas as escolas selecionadas nessa fase deverão contar com cisternas instaladas e programas pedagógicos incorporados de forma permanente. O impacto do programa deve alcançar mais de 1.500 alunos.

SOBRE O SISTEMA COCA-COLA

O Sistema Coca-Cola Brasil atua em cinco grupos de bebidas — colas, sabores, hidratação, nutrição e emergentes — com uma linha de mais de 100 produtos, entre sabores regulares e versões sem açúcar ou de baixa caloria. Composto por sete grupos de fabricantes franqueados, o Instituto Coca-Cola Brasil, além das marcas Verde Campo e a Leão Alimentos e Bebidas. O Sistema emprega diretamente mais de 57 mil funcionários. A empresa aposta em inovação para ampliar seu portfólio e atingir o objetivo de destinar corretamente o equivalente a 100% de suas embalagens até 2030. A Coca-Cola Brasil trabalha para oferecer, cada vez mais, opções com menos açúcar adicionado e no incentivo a iniciativas que melhorem o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua.

SOBRE A CÁRITAS NE2

A Cáritas Brasileira Regional NE2, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com sede em Recife e atuação em quatro estados do Nordeste; Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, assume a palavra caridade no sentido de solidariedade, na perspectiva da “solidariedade pela vida”. Composta por 19 entidades membros, organizações que integram a Rede Cáritas nas instâncias Paroquiais, Diocesanas e Arquidiocesanas, inseridas em 21 dioceses nestes quatro estados. A Cáritas Brasileira Regional Nordeste 2 tem dentre as áreas de atuação a defesa dos Direitos humanos e desenvolvimento sustentável solidário na perspectiva de políticas públicas, voluntariado, migrantes, refugiados e apátridas, convivência com biomas, mudanças climáticas, campanhas emergenciais e gestão de risco, economia popular e solidária, agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais, e mulheres, crianças e jovens.

Sugestões de legendas

Legenda 1: A escola Municipal Inácio Luís de Lima, situada no Distrito de São José da Mata, em Campina Grande, recebeu a instalação de um sistema de cisternas para captação de água.
Legenda 2: Victor Bicca, Diretor de Relações Governamentais da Coca-Cola Brasil, participou da cerimônia de entrega do projeto.
Legenda 3: Representantes da Coca-Cola Brasil, Cáritas e de entidades parceiras participaram da cerimônia de entrega da rede de captação de água.

Créditos: Pablo Hasmuller

O que é o projeto Escolas de Chuva?

O projeto “Escolas de Chuva” consiste na construção de cisternas e outros sistemas de captação de água pluvial nas escolas selecionadas, que passam a ter acesso à água para o consumo básico dos alunos e funcionários, bem como para fins educacionais, como a criação de hortas escolares. Além disso, o projeto promove a formação e a sensibilização dos gestores, professores, alunos e comunidade escolar sobre a importância da água e da convivência com o semiárido.

A primeira escola beneficiada pelo projeto foi a Escola Municipal Inácio Luís de Lima, localizada no Distrito de São José da Mata, Campina Grande, na Paraíba. A escola recebeu uma cisterna com capacidade para armazenar 52 mil litros de água da chuva, que é captada pelo telhado da instituição e conduzida por calhas até o reservatório. A água é tratada com cloro e filtrada antes de ser utilizada.

A diretora da escola, Maria José da Silva, conta que o projeto trouxe muitos benefícios para a comunidade escolar. “Antes do projeto, nós tínhamos muita dificuldade com a água. Nós dependíamos do carro-pipa, que nem sempre vinha. Às vezes, ficávamos sem água para beber, para lavar as mãos, para limpar a escola. Agora, com a cisterna, nós temos água garantida. Nós usamos a água para beber, para cozinhar, para lavar os pratos, para regar as plantas. Nós também fizemos uma horta com os alunos, que aprendem sobre o cultivo de alimentos orgânicos e sobre a importância de economizar água”, relata.

Aprendendo a usar a água conscientemente

Além da cisterna, a escola também recebeu um kit de irrigação por gotejamento e um kit pedagógico com materiais didáticos sobre o tema da água e do semiárido. Os professores participaram de oficinas de capacitação sobre como utilizar esses recursos em suas atividades pedagógicas. Os alunos também foram envolvidos em diversas atividades lúdicas e educativas sobre o assunto.

O diretor de Relações Governamentais da Coca-Cola Brasil, Victor Bicca, destaca que o projeto “Escolas de Chuva” está alinhado com os compromissos globais da empresa com relação à água e à sustentabilidade. Segundo ele, a Coca-Cola Brasil tem como meta devolver à natureza e à sociedade o equivalente a 100% da água utilizada em suas operações até 2030, por meio de programas de conservação ambiental, proteção de bacias hidrográficas e acesso comunitário à água.

“Para nós, a água é um tema prioritário e está relacionado à sustentabilidade do nosso negócio e do planeta. Por isso, nós investimos em projetos que contribuem para melhorar a qualidade e a disponibilidade de água nas comunidades em que atuamos. O projeto ‘Escolas de Chuva’ é um exemplo disso. Ele não só leva água para as escolas, mas também educação, saúde, alimentação e cidadania para as crianças e os jovens do semiárido brasileiro”, afirma.

13 mil escolas beneficiadas

O projeto “Escolas de Chuva” pretende beneficiar mais de 13 mil escolas públicas na região Nordeste que enfrentam problemas de acesso inadequado à água, de acordo com dados do Censo Escolar 2020. Para isso, o projeto conta com a parceria da Cáritas, uma organização que atua na promoção do desenvolvimento sustentável e solidário no semiárido, e com o apoio do poder público municipal, que auxilia na seleção e no acompanhamento das escolas.

Para que uma escola possa ser contemplada com o projeto, é necessário que atenda a diversos critérios, como ter um local adequado para a construção das cisternas, ter capacidade de realizar a manutenção das tecnologias e, principalmente, ter o engajamento dos gestores e professores, que devem participar ativamente das formações e capacitações oferecidas pelo projeto e atuar como multiplicadores de conhecimento para os alunos e a comunidade escolar.

A Secretária Executiva Regional da Cáritas, Neilda Pereira da Silva, ressalta que o projeto “Escolas de Chuva” é uma iniciativa que valoriza a cultura e a identidade do semiárido, ao mesmo tempo em que promove a transformação social e ambiental da região. “O projeto é uma forma de garantir o direito humano à água e à educação para as populações mais vulneráveis do semiárido. Ele também é uma forma de fortalecer a convivência com o semiárido, reconhecendo-o como um espaço de vida, de potencialidades e de resistência”, conclui.

Ne9.com

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