O 2º trimestre teve resultados negativos para a maior parte dos setores da economia brasileira, segundo dados divulgados recentemente (1º) pelo IBGE. Mas, enquanto os serviços mostraram uma retomada tímida, de 0,7% frente aos três meses anteriores, o turismo ainda sofre para retomar o patamar pré-pandemia. Quem avalia esse âmbito é o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Seccional Paraíba (Abrasel-PB), Arthur Lira.
Segundo Lira, o setor de alimentação e bebidas acumulou inflação de 1,38%, conforme levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). O presiente da BArasel-PB destaca também que a Paraíba é um dos mais afetados, tendo em vista que os produtos vêm de outras regiões e há poucas indústrias no Estado.
“Quase todos os nossos produtos vêm de fora, com a alta do preço dos combustíveis, a Paraíba sofre um reajuste ainda maior. Nós temos que absorver todos esses aumentos até onde der para só depois lançar um aumento. Isso é um grande agravante, considerando que estamos vivendo sob picos da inflação”, disse Lira, destacando que o setor de alimentação tenta sustentar ao máximo os preços sem aplicar os reajustes nos cardápios e demais produtos.
Ele lembra também, que as altas na energia e no gás de cozinha também têm feito com que donos de bares e restaurantes elevem preços dos seus produtos. Entre os dados antecedentes que enfatizam a lenta retomada do turismo ainda no 2º trimestre deste ano, estão:
- 30,9 mil vagas de trabalho relacionadas ao turismo foram fechadas em 12 meses;
- 91% das empresas ligadas ao setor relataram perda de faturamento;
- 78% das operadoras de turismo tiveram faturamento semestral inferior a 2019;
- Turismo corporativo recuperou apenas 1/4 do faturamento obtido antes da pandemia;
- Demanda por viagens rodoviárias e aéreas tiveram queda respectiva de 61,6% e 41,7%.
Da Redação