Reduzir despesas básicas, como economizar no supermercado, é um dos grandes desafios enfrentados pelos brasileiros. Isso foi revelado em recente pesquisa da Datafolha onde mostra que 85% da população reduziram o consumo de algum item alimentício desde o início do ano. Para tratar sobre esse tema e apresentar dicas de como melhor aproveitar seu suado salário foram ouvidos o economista, Cláudio Rocha e dos nutricionistas Alessandro Azzoni e Adriana Stavro.
Para Cláudio Rocha, a carne vermelha e o trigo são commodities, seguem o preço do mercado externo. Quando o dólar está em alta, os empresários preferem vender o produto para fora do país, porque é mais lucrativo. Ainda segundo ele, o aumento dos preços de produtos como o feijão e verduras ocorre conforme a sazonalidade e depende do clima. “Nem toda hora se produz feijão e certas frutas. Por isso, em determinadas épocas do ano, eles ficam mais caros”.
Para Alessandro Azzoni a conta não pesa só para os mais pobres. Mesmo para as famílias com maior poder aquisitivo, manter a despensa abastecida consome parte importante do orçamento: entre as que possuem rendimentos superiores a 25 salários mínimos, quase 10% do salário vão direto para o supermercado.
Os especialistas dão dicas de como, com alguns cuidados, é possível gastar menos – e, de quebra, conseguir uma alimentação mais saudável:
Anotar os itens que você precisa antes de sair de casa pode parecer bobagem, mas gera uma boa economia. Com os produtos registrados, o consumidor deixa de comprar alimentos desnecessários e ainda ganha tempo, pois não precisa ficar dando voltas no supermercado.
Tão importante quanto ter uma lista de itens em mãos é saber, antes de chegar ao supermercado, quanto se pode gastar com a compra. Assim, é possível controlar o orçamento e evitar grandes surpresas no caixa.
Uma maneira de controlar os valores é utilizar uma calculadora enquanto coloca os itens no carrinho. Existem, também, aplicativos que registram os preços dos produtos e somam o valor total das compras, como o SoftList e o Listonic. Esta é uma maneira de acompanhar a evolução dos gastos de um mês para o outro e identificar quais itens estão pesando no bolso.
Se o objetivo é entender como economizar no supermercado, pense em quais são, realmente, os hábitos e preferências alimentares da família e pensar em cardápios por semana para facilitar. Ao organizar os cardápios por semana, o consumidor já tem em mente quais são os ingredientes necessários para as refeições dos próximos dicas e pode observar com mais facilidade o que realmente está faltando para o preparo.
Alguns supermercados preparam ofertas especiais em dias específicos da semana. Levando em consideração o seu cardápio e lista de compras, dá para escolher o melhor dia para ir às compras e encontrar preços mais atrativos. Mas, lembre-se: aproveitar promoções deixa de ser vantajoso quando você acaba jogando comida fora.
Faça as contas para entender se as ofertas do dia são realmente interessantes ou se os preços baixos já estão dentro da média praticada pela marca, por exemplo. Em alguns casos, o consumidor acredita que está pagando barato quando, na verdade, o preço exposto diz respeito a uma marca alternativa, com produtos de qualidade inferior.
Dê preferência às frutas da estação
Econômicas e saudáveis, as frutas da estação fazem bem para o corpo e para o orçamento. Outra dica importante é higienizar bem os alimentos para tentar aproveitar o máximo possível das frutas, legumes e verduras. Cascas, folhas e talos, que normalmente são descartados, concentram muitos nutrientes e podem ser utilizados de diferentes formas. “A casca da laranja, por exemplo, tem tantos nutrientes quanto a polpa da fruta. É possível aproveitá-la e fazer uma geleia caseira, o que deve gerar uma economia em torno de 20 reais”, aconselha.
As folhas da cenoura e da beterraba, por sua vez, são ricas em vitaminas A, B e betacaroteno, e podem ser refogadas, aproveitadas para fazer suco ou colocadas no arroz, incluindo mais nutrientes na refeição.
Para entender como economizar no supermercado, é importante separar quais tipos de produtos devem ser repostos em intervalos maiores e menores. Os alimentos não perecíveis – como feijão, arroz, café e óleo – não precisam ser comprados com muita frequência, já que possuem prazo de validade maior. Estes, portanto, podem entrar na lista de compras mensal. As frutas, legumes e verduras, assim como carnes e laticínios, têm duração menor e podem ser comprados semanalmente.
De modo geral, evite compras muito grandes: quando o carrinho fica muito cheio, o consumidor corre o risco de incluir produtos de que não vai precisar. Além disso, a conta pode fugir do seu controle e, no fim, gasta-se mais do que deveria.
Para reduzir custos, como economizar no supermercado, pesquisar é fundamental. Comparar os preços praticados nos supermercados da sua região deve ser uma prática constante. É comum, por exemplo, que uma rede venda carnes por valores mais baixos e outra, produtos de limpeza mais acessíveis. Identifique essas diferenças e verifique a viabilidade de fazer suas compras em mais de um lugar. Também é possível economizar ao comprar em atacadistas. Mas, lembre-se: nada de se empolgar e levar mais do que o necessário.
Nos atacadistas, as compras de alimentos em grandes quantidades – que normalmente vêm em pacotes – são as que oferecem menor custo por item. Uma dica para os que moram sozinhos e desejam aproveitar as ofertas é ir às compras com amigos e dividir as despesas e produtos.
Ir ao supermercado de estômago vazio não é uma boa ideia quando o objetivo é gastar menos. Com fome, o consumidor tende a comprar mais comida e opta por alimentos pobres em nutrientes. “Esse comportamento não é uma particularidade de determinados grupos, mas pode ser observado em qualquer pessoa”, defende Adriana Stavro. “É como se elas ficassem menos racionais quando sentem fome”, explica a especialista.
Em contrapartida, quando estão mais saciados, os consumidores tornam-se mais seletivos, tendem a comprar apenas o necessário e priorizar os alimentos mais saudáveis.
Parece difícil de acreditar, mas a embalagem se tornou um dos fatores determinantes para os consumidores levarem ou não um produto para casa. E é por isso que as indústrias têm investido em caixas e pacotes cada vez mais bonitos. “O truque da embalagem para convencer o consumidor é ainda mais comum entre os produtos que não são se enquadram na categoria de primeira necessidade”, afirma Alessandro Azzoni.
A dica parece simples, mas é eficaz: em vez de selecionar os produtos que têm mais espaço na prateleira ou estão mais acessíveis, preste atenção a todas as gôndolas e etiquetas para fazer escolhas mais inteligentes.
Da Redação
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