Se as grandes empresas já calculam os prejuízos econômicos causados pela crise provocada pelo novo coronavírus, imagine então os efeitos da pandemia para os empreendedores ou microempreededores. Além de todas as preocupações com a saúde para evitar o contágio – assim como acontece em todo o mundo -, há também a apreensão de perder praticamente toda a renda em função da queda nas vendas. Neste sentido, o analista do Sebrae Paraíba, Alexandro Teixeira, destacou na sua visão que a antiga forma de relacionamento interpessoal, ou seja, o presencial, também dever ter por parte dos empreendedores mudanças para sobreviver.
Segundo ele, as estratégias de aproximação e manutenção do bom relacionamento com o cliente terão de ser intensificadas e melhores trabalhadas. “A questão da fidelização, de estar entrando em contato, de estar mais perto do consumidor, até para entender a necessidade dele neste momento é importante”.
Ele ressalta que as experiências que são possíveis somente na loja física, como ter o contato com o produto, conversar com o vendedor para esclarecer dúvida, terão de ser melhor exploradas pelos empresários para conquistar o público. A presença do consumidor ainda vai exigir medidas de segurança e higiene (sanitização) no estabelecimento, nesta fase de reabertura das atividades econômicas. Outra estratégia que pode ser adotada para manter a segurança e evitar aglomeração nos pontos comerciais, é adoção de horários flexíveis para receber o cliente, e elaboração de trabalhos personalizados para conquistar a demanda. O empresário ainda pode ir até onde o comprador estiver.
Realidade – Um levantamento do Sebrae nacional realizado no mês de junho, sobre o Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios, mostrou que 54% das empresas de pequeno porte na Paraíba conseguiram manter suas atividades adotando ferramentas digitais. O percentual é maior do que os demais estados do Nordeste e, no Brasil, só perde para o Tocantins, cuja adesão foi de 58%.
Redação