Pandemia do novo coronavírus acelera adoção de modelo em que funcionários cumprem tarefas em casa, longe do ambiente profissional. Para especialistas, é um caminho sem volta, mas empresas precisam se preparar. O advogado Luiz Augusto (Lula) Crispim Filho presta assessoria jurídica trabalhista e empresarial para empresas e diz que a demanda até aumentou com home office, mas que é preciso se planejar bem.
Com o rápido crescimento da pandemia do novo coronavírus, a rotina profissional de funcionários e empresas foi alterada às pressas, em vários países do mundo, com o intuito de minimizar o contágio. No Brasil, o home office tem sido uma solução em diversas companhias. “Em março, início do confinamento, foram decretadas as novas medidas federais de revisões contratuais dos empregados (quanto a suspensões, demissões, redução da jornada e concessão de férias). A agenda lotada fez com que todos do escritório nos reuníssemos em salas virtuais para dar conta da demanda”, disse Luiz Augusto.
Ainda segundo o advogado foi preciso abrir mão do prazer das corridas na orla, por uma rotina de exercícios, subindo as escadarias do prédio, praticando séries de abdominais e pesinhos. “Procurei manter uma alimentação mais saudável e até perdi peso. Evito a sobrecarga de notícias ruins, leio e estudo mais – coisas para as quais nem tinha tempo antes. Também mantenho uma forte espiritualidade, o que me ajuda a levar a vida leve e se reflete num bom relacionamento com o cliente. Temos que extrair algo positivo disso tudo”, comentou.
Um recente estudo da empresa norte-americana Deloitte, publicada no The Wall Street Journal, sobre as mudanças no ambiente corporativo nos últimos anos, cita o home office como tendência, uma vez que o avanço da tecnologia está remodelando as empresas. “À medida que o trabalho tecnológico muda, é provável que os trabalhos e funções, capacidades e habilidades tecnológicas e a estrutura e cultura organizacional evoluam”, diz o artigo. Na verdade segundo o levantamento, esse modelo de trabalho não é novo, e a necessidade de ficar em casa, provocada pela crise do coronavírus, acelerou o processo de adaptação.
Redação