A publicidade de jogos de azar e casas de apostas está na mira do Congresso Nacional, levantando discussões sobre a participação e a responsabilidade de influenciadores digitais na divulgação de cassinos online. Na semana passada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras foi finalizada com a sugestão de quatro projetos de lei para regulamentar o setor. Entre eles há uma proposta que enquadra personalidades da internet que divulgam cassinos online.
Os cassinos físicos são proibidos no Brasil, no entanto, como as sedes das empresas ficam em outros países, possibilita o funcionamento desses sites no país. Basta o jogador criar uma conta em um dos sites e se declarar maior de idade para conseguir ter acesso a jogos como caça-níquel, roleta, blackjack e pôquer.
Para começar a apostar, no geral, os aplicativos exigem que os jogadores depositem um valor em dinheiro. Os usuários, então, começam a ganhar nas primeiras rodadas, mas depois fica mais difícil conseguir manter a sequência de vitórias.
“Um amigo me indicou um link, eu entrei, coloquei R$ 30 e ganhei R$ 150. Aí eu fui jogando e perdendo, e conforme você vai perdendo vai gerando certo desespero, porque você quer recuperar o que perdeu. Foi virando uma bola de neve. Teve um dia que perdi R$ 600”, conta o design gráfico Josevan Barbosa de Souza. “É um jogo que trabalha muito com o psicológico. Ele te dá um ganho momentâneo, mas quando você coloca mais dinheiro, ele começa a tirar o que você tem”, completa.
Como em qualquer jogo de azar, a possibilidade de o usuário perder é maior que a de ele ter lucro. Ainda assim, a maioria dos influenciadores dificilmente divulga os impactos negativos das apostas.