Investimentos ancorados na variação da taxa de câmbio brasileira despontam como os mais rentáveis no mês de janeiro, enquanto a Bolsa de Valores, que proporcionou um retorno surpreendente no ano passado, assombrou investidores com uma das piores quedas no período.
A variação do dólar comercial foi de 8,30% em janeiro. Boa parte dessa valorização na segunda quinzena do mês, quando os investidores se assustaram com a deterioração da contas da Grécia (enfraquecendo o euro) e medidas da China para conter o crescimento, entre outras questões.
O ouro, commodity sempre procurada por agentes financeiros em momentos de maior nervosismo, também forte alta, de 5,72%, pela referência dos preços negociados na BM&F.
Os fundos de investimentos do tipo Renda Fixa e DI apresentaram rentabilidade média de, respectivamente, 0,77% e 0,57%, pelos cálculos da Anbima (com dados atualizados até o dia 26).
A mais popular aplicação do país, a caderneta de poupança, teve retorno de 0,50% neste mês.
E como pior aplicação do mês, a Bolsa de Valores sofreu com um forte movimento de realização de lucros, a reboque de uma fuga de capital estrangeiro (em torno de R$ 2 bilhões). O índice Ibovespa, referência para boa parte dos fundos de renda variável dos bancos, retrocedeu 4,65% em janeiro. Trata-se do pior "tombo" da Bolsa de Valores num mês desde outubro de 2008 (queda de 24,7%), em plena crise mundial.
A inflação de janeiro foi calculada em 0,63%, pela referência do IGP-M (utilizado para o reajuste dos aluguéis), ou 0,52%, pela leitura do IPCA-15 (que reflete o custo de vida para famílias com renda até 40 salários mínimos).
Folha Online