Categorias: Economia

Dólar perde força com feriado nos EUA e cai após 5 altas

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O dólar interrompeu a sequência de cinco sessões em alta e aproveitou a segunda-feira esvaziada por um feriado nos Estados Unidos para fechar em baixa frente ao real.

A moeda norte-americana recuou 0,28 por cento, para 1,768 real. Apesar da queda no dia, o dólar acumula alta de 1,43 por cento desde o início do mês.

Na ausência de indicadores relevantes no exterior, o principal dado desta sessão foi o déficit comercial brasileiro de 592 milhões de dólares registrado na segunda semana de janeiro. Com isso, o saldo negativo da balança acumulado no mês é de quase 1 bilhão de dólares.

"Isso dá uma ‘paúra’ no mercado", disse João Medeiros, diretor de câmbio da corretora Pioneer. Após a divulgação do dado, o dólar chegou à máxima do dia, a 1,776 real, com alta de 0,17 por cento.

Mesmo assim, a piora nos números comerciais não foi suficiente para sustentar a sexta alta consecutiva do dólar, que "respeitou" o teto de 1,78 real. Após um leilão de compra de dólares do Banco Central, iniciado às 12h19, o dólar cedeu às mínimas da sessão.

O volume, segundo dados da câmara de compensação (clearing) da BM&FBovespa, era de 1,78 bilhão de dólares perto do fechamento. Operadores ouvidos pela Reuters não relataram transações de volume acima do normal, embora o mercado aguarde a possível chegada de recursos captados em várias emissões de bônus nas duas primeiras semanas do mês.

Por outro lado, "falam que nesse início de ano já teve alguma coisa forte de (saída de dólares por) dividendos pagos", comentou Medeiros.

Entre os derivativos de câmbio, a BM&FBovespa começou a autorizar nesta segunda-feira o registro de contratos a termo (non-deliverable forwards ou NDF) de dólar, euro, iene e cross-rate em seu mercado de balcão.

Inicialmente, os registros devem ser feitos somente com as taxas de câmbio divulgadas pelo Banco Central do Brasil, mas a partir de 1o de março, os registros também poderão incluir cotações apuradas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco do Japão. Os vencimentos, cotações e tamanhos dos contratos serão livremente pactuados entre as partes, mas dentro dos limites da BM&FBovespa.

 

 

 

UOL

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