O dólar comercial vem batendo máximas desde 2002 nos últimos dias e nesta sexta-feira (4) chegou a R$ 3,84, pressionado por preocupações com as contas públicas do Brasil e o risco de o país perder o selo internacional de bom pagador, além de expectativas sobre a subida dos juros nos Estados Unidos.
Essa forte valorização do dólar comercial reflete na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial.
Na Confidence, o valor para cada dólar em espécie era de R$ 4,07. No cartão pré-pago e já com o IOF incluso, o preço subia para R$ 4,29. Na Prontur, em Porto Alegre, os valores eram de R$ 4,04 e R$ 4,29, respectivamente. Na Cotação, de R$ 4,08 e R$ 4,28. No Daycoval, em São Paulo, de R$ 4,08 e R$ 4,27. Na Plus Brasil, no Rio de Janeiro, de R$ 3,99 e R$ 4,22.
O dólar de turismo, também usado por consumidores para comprar algo no exterior ou mesmo quando importam produtos de outros países, é mais caro que o dólar comercial – usado pelas empresas e bancos para as outras transações realizadas no mercado de câmbio, como exportação, importação e transferências financeiras.
O preço pago pelo dólar leva em consideração os custos administrativos e financeiros. Segundo o Banco Central, a taxa de câmbio pode variar de acordo com a natureza da operação, da forma de entrega da moeda estrangeira e de outros componentes tais como valor da operação, cliente, prazo de liquidação etc. Como os consumidores compram volumes menores que as empresas e outros bancos, esses custos tendem a ser maiores.
G1
