A economia informal movimentou R$ 578 bilhões no Brasil em 2009, o equivalente a 18,4% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país), aponta pesquisa divulgada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e pelo Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) nesta quarta-feira.
A cifra corresponde ainda a um valor próximo ao PIB da Argentina. A chamada economia subterrânea do país, que compreende a produção de bens e serviços não reportada aos governos, cresceu em valores absolutos ante 2003, quando movimentou cerca de R$ 357 bilhões.
Na conversão para valores de 2009, esse valor saltaria para R$ 523 bilhões. Segundo os pesquisadores, o que explica esse aumento é uma base maior do PIB, ou seja, o valor movimentado pela economia subterrânea pouco se alterou, porque a renda do brasileiro também subiu.
Considerando o percentual do PIB, porém, houve queda –naquele ano, a economia informal representou 21% da produção de bens e serviços no país.
De acordo com o pesquisador do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV, Fernando de Holanda Barbosa Filho, uma das variáveis que mais contribuiu para a diminuição nesta base de comparação foi a busca pelo crédito. Isso significa que empresas e trabalhadores preferem arcar com o custo da formalização para ter acesso a financiamentos.
Para se chegar ao nível da economia subterrânea, os pesquisadores fazem cálculos baseados na demanda de moeda e número de trabalhadores informais, além de outras variáveis.
Folha Online
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