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Endividamento recua em setembro na Região Metropolitana de João Pessoa

Em setembro, houve redução de 3,36 pontos percentuais no nível de
endividamento do consumidor na Região Metropolitana de João Pessoa (RMJP).
Entre os entrevistados, 76,89% afirmaram possuir algum tipo de dívida
voluntária, contra 80,26% registrado no mês anterior. O levantamento foi
realizado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da
Paraíba (IFEP).

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa de endividamento
também apresentou retração, a queda foi de 0,97p.p, já que em setembro de
2011 o percentual de endividados foi 77,87%. As dívidas voluntárias são
aquelas adquiridas em compras parceladas no cartão de crédito, cartão de
loja, cheque especial, entre outras.

“Esta retração da taxa de endividamento do consumidor pode ser atribuída à
cautela do paraibano em adquirir novos compromissos para não comprometer o
orçamento familiar e aproveitar as compras de final de ano”, analisou o
Presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros.

Na análise por sexo, a redução do endividamento foi maior entre os homens
(-3,80p.p), passando de 80,30% em agosto para 76,51% em setembro. Já entre
as mulheres a taxa caiu 2,83p.p, variando de 80,21% para 77,38% neste mesmo
período. Por faixa salarial, os consumidores com rendimentos até dois
salários mínimos foram os que mais diminuíram as dívidas (-3,60p.p), atingindo
77,30% nesta faixa de renda. Por escolaridade, os consumidores com Ensino
Médio completo foram os que apresentaram a maior queda de endividamento (
-3,51p.p), registrando 77,27%.

O cartão de crédito apareceu como o vilão da dívida, 77,85% dos
consumidores se endividaram através do uso dele. Em segundo lugar, aparece
o financiamento de veículos (26,58%), seguido por prestação da casa própria
(10,44%) e empréstimo pessoal (8,23%). Neste quesito, o entrevistado podia
citar mais de um item, por isso o somatório ultrapassa 100%.

É importante ressaltar que a maioria dos consumidores com contas em atraso
(54,55%) tentaram renegociar suas dívidas. Destes, 6,67% não encontraram
nenhuma dificuldade na hora da renegociação. Por outro lado, as maiores
dificuldades encontradas foram apontadas como sendo a elevada taxa de juros
(70,00%), a falta de recursos financeiros (26,67%) e os prazos de
pagamentos curtos (16,67%).

Os consumidores também foram questionados sobre a possibilidade de novas
compras financiadas de algum tipo de eletrodoméstico ou eletroeletrônico
nos próximos noventa dias e 20,44% responderam afirmativamente. Os itens
mais citados foram: TV (41,67%), geladeira (25,00%), máquina de lavar
roupas (10,71%) e fogão (9,52%). Estas três últimas respostas, que o
entrevistado podia escolher mais de uma opção, sofreram a influência da
redução do IPI para linha branca.

 

*Inadimplência e contas em atraso*

Em relação às contas em atraso, em setembro, 17,41% dos entrevistados
admitiram possuir alguma dívida atrasada, resultado inferior em 3,04p.p se
comparado ao do mês de agosto. O principal motivo pelas contas em atraso é,
mais uma vez, a falta de planejamento nos gastos domésticos (63,64%),
seguido do desemprego na família (9,09%), da inflação (9,09%), entre
outros.

Já com a taxa de inadimplência, referente aos consumidores que não podem
quitar as contas atrasadas em um prazo de 90 dias, houve uma expansão de
1,02 p.p, passou de 6,25% em agosto para 7,27% em setembro.

No comprometimento da renda mensal com pagamento de dívidas, houve uma
expansão de 1,55p.p em relação ao mês anterior. A taxa atingiu 41,63% em
setembro. No entanto, o percentual “ideal” recomendado é de até 30% da
renda líquida comprometida para pagamento de dívidas, tendo em vista a
possibilidade de acontecer gastos imprevistos como acidentes e doenças.

 

*Metodologia*

Os dados da pesquisa foram coletados durante os dez primeiros dias do mês
com cerca de 400 consumidores na Região Metropolitana de João Pessoa,
escolhidos de forma aleatória com a exigência de possuir renda e ser maior
de idade.
 

 


Ascom

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