Em entrevista à imprensa paraibana o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, avaliou que os bancos podem paralisar as atividades em todo país, na próxima semana. De acordo com ele, o indicativo de greve será formalizado ou não a partir do resultado das próximas rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que começam na terça (27) e devem se estender até a sexta-feira (30).
“Abriu-se uma oportunidade de negociação, na próxima semana, e o Comando Nacional vai defender nossa proposta. Se não for aceita, começamos a nos preparar para a greve em todo o Brasil, incluindo na Paraíba. Enquanto isso, continuamos realizando as mobilizações em todo o estado, para fortalecer nossas reivindicações”, disse o presidente do sindicato.
De acordo com a Campanha Nacional dos Bancários 2024 esta foi iniciada no dia 26 de junho, com várias rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. No último encontro, realizado na quarta-feira (21), a federação não apresentou proposta de reajuste abaixo da inflação, de 85% do INPC. Esse reajuste, segundo cálculos do Dieese, resultaria em perda de 0,57% na remuneração dos profissionais e colocaria o reajuste da categoria entre os piores do país, no universo de 8.810 feitos neste ano. Entre outras reivindicações, a categoria dos bancários defende o piso do Dieese (Departamento Intersindical Estudo Sócio Econômico), reposição das perdas salariais e da inflação (INPC de 1o de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024), fim das metas, além de reajuste da Participação nos Lucros e Resultados e dos vales alimentação e refeição.
“Nós estamos pedindo, apenas, a reposição salarial e, mesmo assim, a proposta deles, de 0,83, não cobre nem a inflação. É um desrespeito com a categoria, que garante os lucros das instituições bancárias”, finalizou Lindonjhonson.
Redação