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Especialistas dão dicas de como driblar os preços salgados dos itens da ceia natalina

Restando poucas semanas antes da ceia de Natal, os preparativos para atender os clientes no setor de alimentos e bebidas estão a todo vapor. Quem vai aos supermercados me todo o estado deve ter percebido a mudança na disposição de itens nos estabelecimentos, além da maior variedade de produtos característicos da data como panetones, queijos do reino, castanhas, espumantes e vinhos. Nesses tempos de inflação alta, o economista Matheus Peçanha e o consultor de varejo Marco Quintarelli, dão dicas de como driblar os preços salgados dos itens da ceia natalina. “Antecipe as compras”, diz Matheus numa das dicas.

Segundo o economista, a situação econômica ainda difícil no país pede estratégia na hora de fazer as compras para não estourar o orçamento. A ceia encareceu, com os itens típicos da época até 27% mais caros do que no ano passado, como é o caso do frango inteiro.Entre as carnes, o alimento foi o que teve maior alta no preço. O peso da carne bovina chegou a 18,68%. Bacalhau (7,98%), lombo suíno (6,48%) e pernil suíno (3,44%) também tiveram aumentos. Os índices são resultados do acompanhamento de preços feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), por todo o país, nos últimos 12 meses.

“A especificidade do frango é ser criado em granja, muito dependente de ração à base de milho ou de soja. Por problemas climáticos, como a estiagem que dura mais de um ano e a geada no último inverno, as safras de milho e soja foram muito prejudicadas. E a criação dos frangos saiu cara. Já o boi é criado solto e pode pastar, e o suíno pode ter a lavagem variada”, diz Matheus.

De acordo com Marco Quintarelli o preço da carne de boi está em retração, após um longo período de altas. “Muita gente migrou para consumir o frango, pois era a segunda proteína mais barata, logo após o ovo. Então, o aumento da demanda, e o fato de o frango ser exportado, ou seja, seu preço é dolarizado, acabam pressionando este alimento também “, afirmou.

Os ovos tiveram elevação de 20,05% no preço. Já a categoria “pão de outros tipos”, que inclui pães de rabanada, teve reajuste de 11,12%. O pouco trigo produzido no Brasil sofreu os mesmos impactos da ração do frango, enquanto a parcela importada está mais cara em razão do dólar, acima do patamar de R$ 5,50 atualmente. Também encareceram alguns complementos de receitas e bebidas alcoólicas, como o azeite (13,69%) e o vinho (7,77%).

Dicas – Para a Ceia de Natal e Réveillon é necessário segundo os especialistas verificar  produtos perecíveis e não perecíveis. Aqueles que possuem uma data de validade maior podem ser comprados antes que os preços fiquem mais altos. Confira abaixo uma lista de produtos que podem ser comprados agora:

  • Arroz;
  • Lentilha;
  • Uva passa;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Carnes;
  • Queijos.

Da Redação

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