O governo americano revisou para melhor seu cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) relativo ao primeiro trimestre deste ano: em vez de uma retração de 6,1%, a nova estimativa aponta para uma queda de 5,7%, principalmente por causa de um aumento no consumo das famílias americanas.
O resultado de hoje ainda não é número final e deve sofrer uma última reavaliação em junho, mas reforça o que alguns indicadores vêm mostrando: a melhora, em caráter ainda bastante inicial, da maior economia do planeta.
Entre os indicadores mais importantes desta semana, economistas destacam a recuperação da confiança do consumidor americano na economia local, o crescimento das encomendas de bens duráveis e a redução na procura pelos benefícios do seguro-desemprego, um dos principais indicadores da saúde do mercado de trabalho americano.
Segundo o órgão americano, o declínio do PIB americano refletiu a queda nas nas exportações –28,7%– e o decréscimo no volume de investimentos privados na economia, em equipamentos e setor imobiliário. Houve também redução nos gastos governamentais: somente no setor de defesa as despesas foram 6,8% menores, ante um crescimento de 3,4% no trimestre final de 2008.
A contribuição positiva para o PIB veio do consumo, principalmente de bens duráveis. O Departamento de Comércio revelou que o consumo das famílias teve um crescimento de 1,5% no primeiro trimestre, em contraste com um decréscimo de 4,3% nos últimos três meses do ano passado.
A crise no setor automobilístico teve menor impacto sobre o PIB na comparação do quarto trimestre de 2008 para o primeiro trimestre de 2009. A comercialização de computadores também ajudou marginalmente o PIB americano, após ter contribuído de forma negativa no último trimestre do ano passado.
Folha