A Ford Motor Co anunciou prejuízo líquido de US$ 5,9 bilhões (US$ 2,46 por ação) no quarto trimestre de 2008, comparado a prejuízo líquido de US$ 2,8 bilhões (US$ 1,33 por ação) no mesmo período do ano anterior. A receita do quarto trimestre foi de US$ 29,2 bilhões, de US$ 45,5 bilhões no mesmo período em 2007. Para o ano de 2008, o prejuízo líquido foi de US$ 14,6 bilhões, ante prejuízo de US$ 2,72 bilhões em 2007. Foi o terceiro ano consecutivo de perdas para a montadora norte-americana.
A companhia disse ter tido sucesso em diminuir sua queima de caixa durante o quarto trimestre, quando gastou US$ 5,5 bilhões, e tem agora US$ 13,4 bilhões para despender ao longo de 2009. A montadora confirmou a demissão de 1,2 mil funcionários na unidade Ford Motor Credit a partir de fevereiro e que vai retirar US$ 10,1 bilhões de suas linhas de crédito no próximo dia 3 para usar em usar operações. A companhia disse, ainda, que não precisará de empréstimo-ponte do governo dos EUA.
"A Ford e toda a indústria automotiva enfrentaram uma retração extraordinária nos principais mercados do mundo durante o quarto trimestre, o que teve impacto claro em nossos resultados", comentou o executivo-chefe da companhia, Alan Mulally.
"Continuamos a tomar ações decisivas e necessárias para reduzir a produção, a fim de combiná-la com a queda da demanda mundial, e para cortar custos. Esperamos que isso nos permita reduzir de forma significativa o fluxo de caixa operacional negativo em 2009", afirmou em um comunicado.
Ao contrário da General Motors e da Chrysler, a Ford optou por não recorrer aos empréstimos do governo dos EUA. Acessar os recursos federais abriria a companhia, ainda dominada pela família Ford, ao envolvimento do governo em seus negócios. Para fazer caixa e reduzir custos, a montadora vendeu as marcas Jaguar e Land Rover, reduziu o horário de trabalho de trabalhadores e agora se prepara para vender a marca Volvo. As informações são da Dow Jones.
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