O Boulevard Shopping Center no Conic será fechado. Os comerciantes não podem mais renovar os contratos, uma vez que os proprietários do espaço, localizado no segundo subsolo do Edifício Boulevard Center, têm outros planos para o lugar. Pelo menos 14 das cerca de 30 lojas já fecharam as portas. Quem ficou reclama da dificuldade de manter o negócio, diante da redução de clientes, e lamenta perder o dinheiro investido no ponto que locou. “Eu estou sem alternativa. Não tenho condições de sair e alugar um outro estabelecimento. Tudo que eu tinha investi aqui”, afirma o cabeleireiro João Ferreira dos Santos, 53 anos.
João montou sua barbearia no centro comercial em dezembro do ano passado. “Quando cheguei não me falaram sobre a possibilidade de fechar o shopping.” Ele diz que gastou aproximadamente R$ 32 mil com pagamento da luva(1) e montagem da loja, o que incluiu a implantação da rede de esgoto. “Em 10 meses de trabalho, ainda não consegui recuperar esse dinheiro”, lamenta. Segundo ele, a situação se agravou com o fechamento dos estabelecimentos vizinhos. “O número de fregueses diminuiu. Se antes eu cortava o cabelo de 30 pessoas por dia, hoje eu atendo cerca de oito.”
O cabeleireiro teme que o seu contrato, que vence em dezembro, seja quebrado. “Fui notificado que preciso sair no fim do mês.” Ele espera um acordo pacífico com a administração do shopping. “Já faz 50 dias que aguardo uma resposta sobre a minha situação. Espero receber uma indenização pelo que gastei para montar o meu negócio em outro local com dignidade.”
Justiça
Diferentemente de João, o dono do restaurante Master Grill, Abel Amaro de Souza, 40 anos, buscou auxílio jurídico para reaver o dinheiro investido em seu comércio. “Fui informado que teria que entregar o imóvel cinco dias antes do vencimento do meu contrato. Achei uma falta de respeito. Como em cinco dias, vou me desfazer de uma empresa em que investi R$ 180 mil. E os empregados?”, indaga. O contrato dele não tem mais validade desde 15 de maio, mas ainda assim ele persiste em manter o negócio. “No meu ponto de vista, eles deveriam ter negociado com todos nós primeiro, mas simplesmente notificaram sem dar satisfação.”
O administrador do segundo subsolo do prédio, Frederico Attiê, não entende o motivo das reclamações. “Se houver algum contrato vigente até dezembro, eu respeito. Quanto aos contratos vencidos, eu dei um prazo maior para eles se organizarem. Eu poderia pedir a desocupação, de acordo com a nova lei do inquilinato”, explica. Attiê não quis adiantar que tipo de empreendimento será instalado no espaço. “A área é 100% privada”, respondeu.
(1) – Garantia
Luva é o nome dado ao valor pago adiantado pelo inquilino ao locador ou sublocador, reservadamente, para assinatura de contrato de locação, além do aluguel mensal.
Correio Braziliense
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