Os gastos dos turistas brasileiros no exterior entre janeiro e agosto deste ano chegaram a R$ 16,9 bilhões (US$ 9,8 bilhões), 53% superior ao registrado no mesmo período do ano passado – quando as despesas eram de R$ 11,07 bilhões (US$ 6,4 bilhões).
Somente no mês de agosto as despesas chegaram a R$ 2,2 bilhão (US$ 1,3 bilhão), recorde para o mês, abaixo somente do resultado histórico de julho que ficou em R$ 2,6 bilhões (US$ 1,5 bilhão).
As despesas de estrangeiros no Brasil ficaram em R$ 6,5 bilhões (US$ 3,867 bilhões) nos oito primeiros meses deste ano, enquanto no mesmo período do ano passado chegaram a R$ 5,9 bilhões (US$ 3,467) bilhões.
No mês passado, os estrangeiros deixaram no país US$ 489 milhões.
Devido ao aumento das despesas de brasileiros no exterior maior do que as receitas deixadas por estrangeiros no Brasil, o BC revisou a projeção de saldo negativo na conta de viagens de R$ 13,68 bilhões (US$ 8 bilhões) para R$ 17 bilhões (US$ 10 bilhões). Para 2011, a previsão é que o déficit chegue a R$ 19,6 bilhões (US$ 11,5 bilhões), o maior valor desde 1947.
Com o real forte em relação a outras moedas e o aumento da renda, o brasileiro tem gastado mais nas viagens do que os europeus e americanos, que ainda amargam os efeitos da crise, como desemprego e diminuição do poder de compra.
Além do euro barato, o dólar valorizou, mas ainda mantém as perdas frente ao real. A ascensão das classes C e D, com maior renda e acesso aos financiamentos das passagens aéreas, também contribuiu para o resultado.
R7