A equipe econômica quer aproveitar a queda do petróleo no mercado internacional para aumentar a arrecadação de tributos, em queda com a crise financeira, e elevar as transferências aos governos estaduais, informa reportagem de Leandra Peres, publicada na Folha desta quarta-feira. O barril, que se aproximou de US$ 150 em 2008, está em torno de US$ 50.
A ideia, diz a reportagem, é aumentar o imposto cobrado na gasolina –a Cide– sem, no entanto, elevar o preço ao consumidor. Para isso, o valor de venda da Petrobras na refinaria terá que cair, num movimento oposto ao que o governo fez no passado.
Há, porém, dúvidas sobre a alta oscilação nas projeções de preço do petróleo e resistência da Petrobras, que não quer abrir mão de receitas e de parte do lucro. Se o governo baixar o preço dos combustíveis na refinaria, o custo da medida será da estatal, que receberá menos por suas vendas.
Outro impedimento político vem dos Estados, que também seriam afetados por uma queda no preço. Segundo a Folha apurou*, uma das principais resistências vem da Bahia, onde o setor petroqúimico responde por 25% do ICMS recolhido.
O preço do diesel também deve cair na refinaria, mas, neste caso, parte do ganho será dividida com o consumidor via redução de preço.
Folha Online