O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,83% em fevereiro, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (12). O resultado é quase o dobro do mês anterior, janeiro (0,42%), e o maior desde fevereiro de 2023, quando a taxa foi de 0,84%.
Os reajustes de mensalidades escolares foram os principais responsáveis pela alta da inflação em fevereiro. O grupo educação teve o maior crescimento (4,98%), o que representou 0,29 ponto percentual do IPCA do mês. Dentro do grupo, os cursos regulares registraram a maior contribuição (6,13%).
O grupo alimentação e bebidas subiu 0,95%, sendo o segundo que mais pressionou a inflação para cima, respondendo por 0,20 ponto percentual do IPCA de fevereiro. Já o preço do grupo transporte subiu 0,72%, representando a terceira maior contribuição (0,15 p.p.) para a inflação do mês.
Dentro do grupo transporte, todos os combustíveis pesquisados apresentaram alta: etanol (4,52%), gás veicular (0,22%), óleo diesel (0,14%) e, principalmente, a gasolina (2,93%), que apresentou o maior impacto individual de toda a pesquisa (0,14 p.p.).
O vilão do ano passado, os preços das passagens aéreas, deram alívio pelo segundo mês seguido e caíram 10,71%. Foi o maior impacto negativo de todo o índice (-0,09 p.p.).
A meta de inflação do Banco Central para 2024 é de 3% com tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos, ou seja, o teto é de 4,5%. No acumulado de 12 meses, o IPCA soma 4,5%, dentro do limite máximo da meta.